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9 de abril de 2011

Ricardo Pereira-“Se vier a dupla nacionalidade, será com todo o prazer”

Após cerca de sete anos a investir numa carreira no Brasil, Ricardo Pereira conquistou uma das posições mais desejadas para um actor: a de protagonista numa novela de horário nobre na Globo. A Correio TV falou com o actor no Projac, no Rio de Janeiro, Brasil, onde decorrem as gravações de ‘Insensato Coração’, ainda sem data prevista para estrear em Portugal.

Como está a ser a experiência de fazer um vilão na novela da noite da Globo?

Está a ser óptima. Tenho tido a oportunidade de fazer personagen04-08155953_CA967162-B341-4FEB-88DD-FECB0766BF67$$738d42d9-134c-4fbe-a85a-da00e83fdc20$$07abbadb-1dcd-437d-b063-980b02c211a7$$img_carrouselTopHomepage$$pt$$1s de carácter duvidoso no cinema, no teatro, tive a minha primeira experiência de vilão em TV com uma pequena participação em ‘Laços de Sangue'. Este, para mim, foi um presente. Primeiro porque é a minha primeira novela da noite no Brasil e é um privilégio estar junto de um grupo de actores tão importante, e depois porque as novelas da noite são diferentes, têm uma história mais densa, às vezes até mais próxima daquilo que realmente acontece no dia-a-dia, com temas mais empolgantes e abordados de forma mais adulta.

Que trabalho envolve?

Tenho feito um trabalho muito denso e profundo para esta novela, desde físico, desde treino com uma professora que me acompanha em todas as gravações. É um trabalho muito grande e diário com uma fonoaudióloga. ‘Obrigaram-me', e eu obriguei-me, a ver uma série de filmes como ‘O Advogado do Diabo', ‘O Padrinho', com personagens que começam bons mas depois a sociedade muda-os. Há um trabalho diferente para mostrar este personagem.

Para ler o resto da entrevista, clique em LER MAIS!

Tem acordo de exclusividade com a Globo?

Sim.

Há possibilidade de pedir a dupla nacionalidade para poder trabalhar cá?

Isso nunca foi impeditivo. Quem sabe não terei dupla nacionalidade por tudo o que o Brasil tem feito por mim e pela importância que tem na minha vida?! Pelo tempo, pelos bons momentos, pelas boas etapas profissionais que tenho passado aqui. Deixava-me bastante orgulhoso, porque a forma como me receberam tem sido muito importante para o meu bem-estar e para não sentir tantas saudades de casa. Porque o português vive com essa palavra, a saudade. O Brasil é muito Portugal e Portugal é muito Brasil, e se vier a dupla nacionalidade, será com todo o prazer. Obviamente que não esqueço a minha origem, é Portugal, sou um patriota muito presente, mas o Brasil também já é um bocadinho o meu país.

E podemos voltar a ver o Ricardo este ano numa produção nacional?

Este ano numa produção nacional acho que não.

Nem com a ligação forte que existe agora entre a Globo e a SIC?

Não na próxima produção, embora ‘Laços de Sangue' tenha sido prolongada para 300 episódios. Este ano vou dar continuidade ao meu trabalho aqui no Brasil e virá outra produção na TV Globo. Mas quem sabe para o ano, com esta cooperação entre Globo e SIC?! Talvez no cinema vá lá fazer algum trabalho este ano.

Foi uma decisão consciente construir uma carreira cá e não tanto em Portugal?

Não, tenho um passado de vários anos como protagonista de telenovelas em Portugal, tive tudo o que tinha que ter em Portugal, e continuo a ter. Este ano fiz o filme de Raul Ruiz ‘Os Mistérios de Lisboa' e que foi um sucesso estrondoso no Mundo inteiro. Mas a oportunidade de trabalhar fora é sempre aliciante para qualquer profissional, é o mesmo para um jogador de futebol. Obviamente que ele gosta de jogar no seu país, mas a dimensão que lhe dá trabalhar no estrangeiro é muito maior. Nós procuramos evoluir para trabalhar com outros autores, realizadores, outras cabeças. Agora, nunca renego o trabalho no meu país, gosto de lá trabalhar e vou continuar em televisão, cinema, séries... Mas a Globo é a quarta maior televisão do Mundo, é muito bom para mim trabalhar para este universo de pessoas. Assistem 90 milhões de pessoas à novela da noite, é aliciante para um actor trabalhar assim e ter experiências fora do nosso País.

Mas pondera regressar?

Um dia, mais tarde, poderei regressar definitivamente ao nosso País, de momento estou aqui, é a minha base. Vou muitas vezes ao longo do ano a Portugal, mas parto daqui. Só mudou isso. Continuo a colaborar com a SIC, no programa da Sofia Cerveira [‘Episódio Especial'], mas pertencer a um conjunto de actores e a esta casa é um convite irrecusável. É algo que vou guardar para a vida e é experiência que estou a adquirir para mais tarde, até mesmo noutros trabalhos, seja em Portugal ou noutro lugar no Mundo. Mas vir para aqui não significou um corte com Portugal.

É ter o melhor dos dois mundos?

Sim, e a oportunidade de trabalhar no estrangeiro é um desafio muito grande, embora continue a dizer que ainda me falta fazer muita coisa em Portugal, como trabalhar com directores de teatro como o Luís Miguel Cintra, o Silva Melo, o João Lourenço, realizadores novos de cinema com quem ainda não trabalhei, há muita coisa. Mas vou lá, estive a apresentar a Gala de Natal com a Bárbara [Guimarães], vêm aí os Globos, há tanta coisa para fazer, sei lá...

CARREIRA NÃO O AFASTOU DO PAÍS

Nascido em Lisboa, o actor de 31 anos foi o primeiro português a protagonizar uma novela da Rede Globo, ‘Como Uma Onda', em 2004. Desde então já integrou o elenco de várias produções brasileiras e pelo caminho tem um percurso marcado por participações em teatro, cinema e televisão, nas três estações nacionais. É casado desde 2010 e fixou residência no Brasil, mas mantém-se atento à actualidade nacional. "A explosão de notícias sobre a crise não é boa para Portugal", considera.

CM

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