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29 de abril de 2013

Entrevista à Júlia Pinheiro, “A tendência é pôr famosos a correrem riscos acrescidos”!

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Apresentadora regressa em maio ao horário nobre da sic, mas recusa transformar a guerra das audiências numa "competição desenfreada" entre ela e Teresa Guilherme.

Está prestes a regressar ao horário nobre da SIC com o programa ‘Splash!'. Já estava com saudades?

Está a apetecer-me muito dar este ‘mergulho' para a noite, sobretudo com um programa tão divertido. Estive em Madrid a assistir à final da versão espanhola e é, de facto, magnífico. ‘Splash!' tem aquilo a que se chama ‘valor de entretenimento puro': tem cor, espetáculo, dimensão, escala. Por isso, estou preparadíssima. Acho que vai ser fantástico.

O elenco está escolhido?

Ainda não temos os nomes todos fechados, mas são mais de 20 pessoas com notoriedade pública nas diversas áreas que desempenham. E aconteceu uma coisa muito curiosa: tivemos voluntários. E eu a achar que ia ser dificílimo encontrar pessoas que quisessem saltar de uma prancha de 10 metros... Não é um desempenho físico nada fácil.

‘Splash!' está a ser exibido numa dezena de países. Acha que vai resultar em Portugal?

Há coisas que são muito interessantes e estimulantes para quem vê o programa. Primeiro, do ponto vista técnico, da avaliação de quem faz bem e de quem faz mal. Depois há um lado humano, ou seja, há uma série de pessoas que foram escolhidas por terem fobia da água, por não saberem nadar, por terem vertigens. A superação do medo ou do trauma será partilhada, em direto, com os telespectadores, o que é um grande ponto de atração.

Neste aspeto, o programa segue a filosofia de ‘Peso Pesado'.

Sim, de certa forma. No fundo, todos os programas nos propõem ultrapassar os nossos limites. O entretenimento não vale por si só. A emoção é que é a grande mola da televisão. ‘Splash!' tem um lado de imprevisibilidade muito forte e quem alinha nisto é muito corajoso. Aliás, a grande tendência, a nível de programas de televisão, é pôr famosos a correrem riscos acrescidos.

Como vai conjugar este novo desafio com o ‘Querida Júlia' e a direção de Conteúdos SIC?

Não é a primeira vez que apresento um programa diário e uma noite de domingo. Tenho um grande prazer em estar na antena e desde que vim para a SIC ainda só tive oportunidade de o fazer uma vez, na primeira edição do ‘Peso Pesado'. Ficou combinado que, quando fosse oportuno, voltaria.

E agora é o momento?

Sempre tive o grande desejo, e deixei-o bem expresso, que não queria ocupar o espaço todo na antena, antes pelo contrário. Queria que continuássemos a ter uma grande diversidade de rostos no ecrã. Estive dois anos só com um programa diário [‘Querida Júlia'], mas agora temos um oponente de grande respeito, que é o ‘Big Brother', e é preciso fazer um programa que suscite muito a curiosidade das pessoas. E eu sou a candidata ideal para fazê-lo. Por isso, vamos lá!

Vê-se que está entusiasmada com o formato.

Sem dúvida. É um programa com ingredientes realmente motivadores e um formato absolutamente inédito em Portugal. Além disso, tem uma dimensão de espetáculo que nunca se viu e mistura muito o suspense. Como aquele momento de silêncio, quando as pessoas sobem à prancha e olham para baixo, para a piscina, e os telespectadores têm, também, a perceção da altura. Aquele silêncio é cá uma coisa...

É a primeira vez que vai concorrer diretamente com a Teresa Guilherme, que estará ao mesmo tempo na TVI com o ‘Big Brother VIP'. O que significa isso para si?

Nada.

Mas considera-a uma adversária de peso...

Tenho um grande respeito pelo ‘Big Brother'. Também não é segredo nenhum que tenho grande apreço por reality shows. É um formato que adoro e que acho fantástico. Sei que tenho um oponente fortíssimo. Sei exatamente o que tenho pela frente. Mas é só isso que tenho de ter em conta, mais nada.

Isso é o programa. E quanto à apresentadora?

Neste tipo de grandes formatos, os apresentadores são importantes, mas não são tudo. Se o que estiver lá dentro não motivar as pessoas, não há apresentador que faça milagres. Mas nós temos um produto profundamente alternativo e quem não gostar de realitys e queira ver um programa fresco, que já cheira a verão, o ‘Splash' é perfeito. É ‘o' programa de verão. Recuso-me a transformar isto numa competição entre mim e a Teresa Guilherme.

A TVI aposta nas mesmas fórmulas, enquanto a SIC arrisca com conteúdos inovadores.

Acho que é a nossa obrigação oferecer uma programação alternativa. Esta última edição de ‘A Tua Cara Não Me é Estranha', que não é mais do que uma reinvenção do ‘Chuva de Estrelas', só não resultou tão bem como as anteriores porque havia um programa completamente novo do outro lado, chamado ‘Vale Tudo'. As primeiras edições funcionaram muito bem, até pelo triângulo formado pela Cristina Ferreira, o Manuel Luís Goucha e a Alexandra Lencastre, mas desta vez estávamos preparados com um formato que acho maravilhoso.

Percebe-se que é fã...

Tenho uma paixão furiosa pelo ‘Vale Tudo'. É um formato transversal e hilariante. É uma brincadeira pegada e é contagiante. Seja como for, acho que o ‘BB VIP' vai funcionar muito bem outra vez. Só espero que o ‘Splash!' também.

Isso quer dizer que ‘Vale Tudo' vai ter uma segunda edição?

Para já repousa, mas qualquer dia está aí outra vez. É uma espécie de joia que nós adquirimos e que tem de ser muito bem tratada e gerida.

E voltará com o João Manzarra?

O programa é a cara dele, com a sua irreverência e imprevisibilidade, de quem não se importa de se expor e divertir de uma forma absoluta. E tem um elenco de residentes magnífico. Aliás, nós estávamos a comprar o programa e já sabíamos quem é que íamos lá pôr!

Em março, o ‘Querida Júlia' completou dois anos. Que balanço faz?

O programa tem sido muito prejudicado pela sistemática afinação do painel de audiências. Sendo um programa mais jovem em relação aos outros, é o mais afetado por estas mudanças. Tem sido difícil, até porque os programas do ‘daytime' são lentos a impor--se e a criar a sua própria rotina. Mas estou muito tranquila à espera que ele cresça e que as pessoas se habituem a uma receita que não existia. Dois anos não chegam.

Quer dizer que a liderança das manhãs não é para já?

O ‘Você na TV!' [TVI] tem nove anos de emissão. A ‘Praça da Alegria' [RTP] 15 ou 20. Demora muito tempo.

Acha que o ‘Você na TV!' resultaria se não fosse a dupla Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira?

Acho que tem mais a ver com o balanço da estação. A TVI tem uma lógica de posicionamento de antena mais imediata e direta. A SIC tem estado mais distante do público e precisa aproximar-se dele. ‘Você na TV!' é ‘ponta de lança' de uma comunicação de antena que surge em todo o espetro da estação. Isso ainda não acontece na SIC. Temos um público muito bom em termos comerciais, mas não tem o volume do público da TVI. Mas sim, acredito que se não estivessem os dois seria mais difícil. Eles são fabulosos.

Diz isso a sorrir...

Não consigo falar deles sem sorrir, pois gosto muito dos dois e fui eu a madrinha. É quase ridículo e esquizofrénico, pois por um lado quero muito vencê-los e por outro acho ótimo que eles ganhem!

Uma vez disse que a TVI ia passar por um processo de perda de identidade e de liderança. É isso que está a acontecer?

Tenho algum pudor em falar da TVI, pois conheço bem a estação. Mas acho que os sinais são inequívocos. A SIC está num momento como há muito não estava. Está a liderar o horário nobre e isso não acontece por acaso num domínio tão difícil e competitivo como a ficção. É algo absolutamente extraordinário. A TVI tinha uma máquina completamente vocacionada para isso e no momento em que desinveste e comete dois ou três erros de palmatória, começou a desenhar-se qualquer coisa de muito complicado.

Depois da liderança na ficção, acredita que a SIC também vai liderar no entretenimento?

Acredito. Mas não é para já. A SIC está a fazer um belo caminho e a nossa evolução é palpável. A liderança no entretenimento é uma questão de tempo.

Como explica que João Cotrim Figueiredo, ex-diretor geral da TVI, a tenha acusado de ter sido desleal para com a estação, quando a trocou pela SIC?

O que posso dizer é que nunca fui desleal com nenhuma empresa em que trabalhei, muito menos com a TVI. A TVI sempre soube quais eram as minhas intenções e em que ponto da minha reflexão estava, o dr. Cotrim Figueiredo em particular. Ele empenhou-se muito para que eu ficasse e mesmo quando disse qual era a minha decisão, ele pediu-me encarecidamente que não largasse a direção de conteúdos e a apresentação de ‘Casa dos Segredos'. Apenas fiz aquilo que me foi pedido. Essa observação parece-me injusta e não a compreendo. Acho que ele ficou francamente derrotado, pois esforçou-se muito para me convencer a ficar.

Já Teresa Guilherme diz que a sua ida para a SIC é "montanha que pariu um rato"...

Nem vou comentar.

Perfil

Júlia Pinheiro nasceu em Lisboa, a 6 de outubro de 1962. Estreou-se na RTP, em 1981. Em 1992 foi para a SIC, onde conduziu ‘Praça Pública' e ‘Noite da Má Língua'. Em 2002 voltou à RTP, que trocou, um ano depois, pela TVI. Aí conduziu ‘As Tardes da Júlia' e ‘Casa dos Segredos'. Em 2011 regressou à SIC, onde é diretora de Conteúdos e conduz ‘Querida Júlia'. Casada com Rui Pêgo, diretor da RDP, tem três filhos.

CM

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