Entrevista: Rui Porto Nunes: “Ser ator é mesmo a minha paixão"! - Site SIC GOLD ONLINE – SIC Sempre GOLD

Home Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

8 de junho de 2013

Entrevista: Rui Porto Nunes: “Ser ator é mesmo a minha paixão"!


Aos 26 anos, Rui Porto Nunes revela que é na área darepresentação que se sente verdadeiramente feliz. Aficionado pormotas, o ator garante que gosta de adrenalina e de se desafiar a si próprio e que com a idade se tornou mais consciente.

- Apesar de não ter contrato de exclusividade, é dos atores mais requisitados da SIC. É um reconhecimento do seu trabalho?

- Penso que sim, até porque tenho sido uma aposta do canal. Depois de ‘Lua Vermelha’ fiz todos os projetos que a SIC teve. Isso deixa-me bastante orgulhoso e é sinal que estou bem com o canal. Gosto da SIC, gosto de trabalhar na SP [produtora] e tento dar sempre o melhor de mim.

- É muito exigente consigo próprio?

- A exigência parte de nós, mas a SP tem um cuidado muito grande com os projetos e com o tratamento dos atores e técnicos. Acho que, por isso, nós, inconscientemente, criamos alguma exigência e queremos sempre o melhor. E o resultado está à vista: a nomeação para dois Emmy, um Emmy e agora somos líderes de audiências com a novela ‘Dancin’ Days’. Quando o ambiente de trabalho é bom, sentimos o carinho do canal e vemos bons resultados.

- Como é que foi integrar o elenco de ‘Dancin’ Days’?

- Inicialmente, estava com muito receio porque a máquina já lá estava, muito bem oleada, e eu era uma peça nova que ia entrar a quatro meses do final do projeto. Já conhecia a equipa mas os atores eram novos para mim... Mas permitiram-me um encaixe mais fácil do que eu estava à espera e isso motivou-me para tentar dar o meu melhor.

- Integrar um projeto de sucesso causa-lhe ainda mais receio?

- Inconscientemente sim, porque há um peso maior sobre nós, mas qualquer projeto que eu faça, levo-o sempre ao extremo da exigência. Portanto, tenho sempre receio. Ali tinha ainda mais porque ia entrar a meio da novela. Acho que não tenho tanto receio quando começo um projeto do início, porque não há uma base e ali já havia e, ainda por cima, era uma estrutura boa. Mas o receio que tinha passou ao final da primeira ou segunda semana e isso facilitou imenso o meu trabalho.

- A novela consolidou a liderança da SIC em termos de audiências. Foi um projeto especial?

- Quando nós fazemos um projeto com vontade e nos sentimos bem é sempre especial. Claro que aqui houve um bónus e foi especial para todos. Guardo com muito carinho todos os projetos que faço, independentemente de serem líderes ou não. Tenho tido a sorte de entrar em bons projetos e isso deixa-me feliz.

- Não tem contrato de exclusividade porque nunca lhe foi proposto?

- Nunca me foi proposto mas não penso muito nisso. Na crise em que estamos e com tantos atores consagrados sem trabalho, eu tenho participado em todos os projetos da SIC e o canal tem apostado em mim... Ter contrato ou não é indiferente. Sei que o canal gosta de mim, estou bem lá e isso é o mais importante.

- Não tem receio que se esqueçam de si?

- Aproveito o momento e tento não pensar nisso. É claro que, por vezes, isso acontece mas a vida é feita de ciclos e não vale a pena perder tempo a pensar onde é que vou estar daqui a 10 anos. Se tiver de estar a trabalhar noutra área, porque a vida assim o exigiu, com muita pena minha, estarei e vou-me entregar de igual forma. Mas por isso é que trabalho todos os dias e tento dar o meu melhor, para não se esquecerem de mim.

- Tem saudades de fazer um trabalho no papel de protagonista?

- Não. Acho que é mais interessante termos personagens ricas em matéria, que nos enriqueçam e que cheguem mais ao público, do que fazer parte da história principal. Gosto de papéis em que possa dar mais de mim como ator. Mas tenho saudades de ter uma personagem como o ‘Afonso’ [protagonista de ‘Lua Vermelha’], apesar de as personagens pequenas também serem interessantes, às vezes até mais do que fazer de protagonista.

- Sempre sonhou ser ator?

- Não. Queria ser ciclista mas tive um problema que me afastou da alta competição e, como gostava muito de cinema, decidi seguir realização. Fui a um workshop da NBP [produtora televisiva], para ter uma mais-valia para o meu curso de realização, e gostei tanto que tive de optar. Decidi seguir esta área e não quis voltar ao curso.

- O curso continua em suspenso?

- Continua e acho que vai ficar por terminar, por falta de tempo e porque descobri que ser ator é mesmo a minha paixão. Adoro construir uma personagem e dá-me muito prazer ser uma pessoa que eu não sou. É um desafio e aquilo que tenho realmente prazer de fazer na vida.

- Que personagens lhe dão mais gozo interpretar?

- Qualquer personagem que possa explorar, tanto a nível físico como psicológico. Gosto de poder criar tiques nas personagens, alterar a forma de andar e falar... Tudo o que possa mexer e criar no corpo de uma pessoa é fantástico.

- Gosta de poder criar, mas mesmo assim decidiu pôr a realização de lado...

- É contraditório, eu sei! A realização é um objetivo que tenho a longo prazo. Quero muito passar para trás das câmaras e se puder fazer as duas coisas melhor. Temos o caso do Ben Affleck, que para mim é bem melhor realizador do que ator, que é um exemplo a seguir. Não é uma inspiração mas é uma ideia para o futuro.

- O que é que o atrai tanto no campo da realização?

- Penso que é a ideia de poder contar uma história e depois criar tudo... Criar momentos de suspense, trabalhar com a edição de imagem e de áudio, trabalhar com os atores e observá-los para os poder ajudar a criar. No fundo, acho que é o facto de poder construir uma história, porque é algo difícil.

- Há algum género de que goste mais?

- O drama. Mas não aqueles dramas convencionais. Gosto de filmes com narrativas cruzadas e que são contados de uma forma diferente daquilo a que estamos habituados mas que estão tão bem feitos que nos prendem ao ecrã. Estamos sempre a querer ver mais e a tentar ligar a história. Gosto de dramas que nos fazem pensar sobre o sentido da vida.

- Já fez cinema?

- Fiz apenas curtas-metragens. É diferente de fazer televisão porque temos mais tempo para fazer as coisas e nos prepararmos, o que nos permite uma maior concentração e que acaba por se refletir no nosso trabalho final.

- O que é que lhe falta fazer enquanto ator?

- Teatro e, sobretudo, cinema, porque sou fã.

- Em Portugal?

- Atualmente, há muitos realizadores da minha idade com ideias novas e fora do que era aquele cinema português a que estávamos habituados, muito parado e longo. Estão a surgir filmes dinâmicos, atuais, bem realizados e editados e é com essas pessoas que eu espero vir a trabalhar.

- É aficionado por motas. Como é que surgiu esta paixão?

- Sempre fui, porque o meu pai tem uma loja de motas e bicicletas. Sou fã de desportos motorizados e sabia que depois de fazer a novela ‘Rosa Fogo’ ia estar muito tempo parado e surgiu a oportunidade de participar no Campeonato Nacional, que era um objetivo para mim. Queria fazer um ano a competir a tempo inteiro, mas na terceira prova caí e acabou.

- Já voltou a competir?

- Não. Desde que tive o acidente, no dia 21 de abril do ano passado, nunca mais peguei numa mota. Não por ter medo, mas por razões profissionais, porque a seguir à recuperação já sabia que ia entrar em ‘Dancin’ Days’ e não arrisquei. Mas estou com muita vontade de pegar na mota.

- Tornou-se mais prudente depois de ter tido o acidente?

- Talvez mais consciente. Não posso dizer que me tornei prudente porque não voltei a andar de mota. Trabalho com o corpo e não me posso arriscar tanto. Se fizer um corte na cara ou tiver algum problema vai ser muito complicado em termos profissionais no futuro, por isso vou levar as coisas de forma diferente.

- Gosta de sentir a adrenalina?

- Adoro adrenalina e quando estou em cima da mota sinto-me vivo. Gosto de sentir o meu coração a bater e de sentir o perigo. Gosto de me desafiar, embora às vezes seja preciso levar a vida com mais calma. Como o Ayrton Senna [piloto de Fórmula 1 já falecido] dizia: "Quando atingimos o nosso limite, descobrimos que o nosso limite é para além desse limite." Gosto de tentar perceber onde é esse meu limite para descobrir um novo.

- Além da representação e das motas, também trabalha como DJ. É algo que lhe dá prazer?

- Gosto muito de música mas não sou DJ. Por norma toco em festas de amigos e divirto-me imenso. Sinto-me bem e acho giro ver as pessoas a reagir ao som que nós pomos.

- É muito ligado à família e aos amigos?

- Sim, sou mesmo muito ligado à minha família e aos meus amigos. Os meus pais não estão em Lisboa e os meus amigos são, a par dos meus primos com quem vivo, o meu grande suporte.

- Sente muita falta dos seus pais?

- Sinto. Preferia que eles estivessem cá, como é óbvio. Não vou muito a Portalegre, porque durante a semana estou a trabalhar e ao fim de semana tenho sempre coisas para fazer, mas somos muito ligados.

- Já afirmou que gostava de ter quatro filhos. Mantém esse desejo?

- Mantenho, só não sei é com quem [risos]. Hoje em dia não penso muito nisso mas sim, adorava ter quatro filhos. Imagino-os a correr pela casa cheia de gente... Mas não faz sentido pensar muito nisso!

- Gosta de crianças?

- Gosto. Tenho um sobrinho que adoro. Tenho muita paciência e adoro oferecer-lhe prendas. Adoro ver a felicidade com que ele olha para as coisas e como depois se diverte a brincar com elas. Gosto de ver uma criança feliz.

- Desde que tornou conhecido passou a ter mais cuidado com a sua postura em público?

- Sou uma pessoa como outra qualquer. Chego a Badajoz [Espanha] e ninguém me conhece. Sou conhecido em Portugal, mas não sou famoso. Dentro do meu grupo de amigos ninguém pertence a este meio e como estou sempre com eles faço coisas normais, que toda a gente faz. Tenho o mesmo cuidado que os meus amigos têm.

- É difícil fazer amigos no mundo da representação?

- Não. Mas eu tenho o mesmo grupo de amigos desde que cheguei a Lisboa e é com eles que me sinto bem. Mas é claro que tenho amigos no mundo da representação. Não é difícil, mas prefiro jantar com o meu grupo ‘duro’ de amigos.

- Sente-se realizado?

- Sim, a todos os níveis. Tenho trabalho e amigos. Gosto da minha família, tenho saúde e todas as pessoas à minha volta têm saúde. Por tudo isto, sinto-me realizado.

INTIMIDADES

- Quem convidaria para um jantar a dois?

- O Nuno Lopes.

- Quem é a mulher mais sexy do Mundo?

- Gisele Bündchen.

- O que não suporta no sexo oposto?

- Demasiada confiança.

- Qual é o seu maior vício?

- Adrenalina.

- Qual foi o último livro que leu?

- ‘O Padrinho’.

- O filme da sua vida?

- ‘O Padrinho’.

- Cidade preferida?

- Lisboa.

- Um desejo?

- Atingir todos os objetivos a que me proponho.

- Complete. A minha vida é…

- Uma montanha-russa.

PERFIL

Rui Porto Nunes nasceu no dia 4 de outubro de 1986, em Portalegre. Estreou-se como ator em ‘Morangos com Açúcar’ (TVI) e desde então nunca mais parou. Foi o protagonista da série ‘Lua Vermelha’ (SIC) e tem feito vários trabalhos para a estação de Carnaxide. Atualmente, Rui Porto Nunes integra o elenco de ‘Dancin’ Days’.

















CM

Sem comentários:

Enviar um comentário

Agradecemos o seu comentário! Bem-haja!

ATENÇÃO: ESTE É UM ESPAÇO PÚBLICO E MODERADO. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.

Deixe um comentário na caixa do facebook!

Post Bottom Ad

Páginas