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15 de novembro de 2013

Bastidores: Como se faz o programa do momento do 'Factor X', da SIC





Houve quem quisesse enganar a produção e tentar a sua sorte mais do que uma vez no programa, mas a FremantleMedia não foi em "falinhas-mansas". Em 'Factor X', as regras ditam que os concorrentes só podem sê-lo uma vez, a não ser que reapareçam inseridos num grupo. Esta é apenas uma das características que fazem do programa líder de audiências ao domingo um sucesso. Um formato que é entregue pela produtora à SIC apenas quatro horas antes de ir para o ar... Dois andares de um prédio de nove, onde as salas giram em torno de um pátio interno e as janelas, espelhadas, espreitam a foz do Tejo. Cinco da manhã. Nesse edifício em Alfragide, mesmo ao lado de Lisboa, as luzes estão acesas. Lá no canto, numa de várias salas de edição, o vermelho inconfundível do cabelo de Sónia Tavares faz saltar o ecrã de um computador e quebra a escuridão. A porta abre-se. 



O som límpido de uma qualquer melodia ecoa. "É aqui que fazemos a montagem do áudio e do vídeo, que juntamos todos os elementos que compõem o programa", esclarece Bernardo Sykes. Coordenador de edição, explica que o Factor X da SIC requer "horas e horas de trabalho". "Só para escolhermos uma música adequada a cada concorrente e à sua história chegamos a demorar duas ou três horas", exemplifica.É aí, onde a FremantleMedia está sediada, que começa e acaba todo o trabalho de produção do talent show da estação de Carnaxide que, nas últimas cinco semanas, tem liderado as audiências de domingo. E é também aí que algumas das 150 pessoas que o pensam e que o concretizam trabalham em registo nonstop. 


É esse tal edifício, com a tal vista para a foz do rio, que alberga os que se ocupam de ver filmagens, montar vídeos, ouvir jurados e concorrentes...'Factor X' estreou-se a 6 de outubro, mas começou a ser trabalhado em meados de agosto. "É um programa complexo e grandioso, logo obriga a muito trabalho de pré-produção", aponta a produtora executiva Ana Torres. Tudo começa com um estudo do formato e com conversas com a casa mãe da FremantleMedia em Londres, Inglaterra, onde se recolhem coordenadas internacionais. "Segue-se a contratação dos melhores elementos para uma equipa eficaz e o esboço dos orçamentos. Ao nível prático, os primeiros passos a dar têm que ver com os mapas de gravação, o conseguir os espaços ideais para gravar as diferentes fases que compõem o programa, o conciliar datas...", enumera a responsável. Momentos X em estúdio Às cinco da tarde, o cenário é idêntico ao encontrado às cinco da manhã. Ana Abreu, coordenadora de conteúdos e de edição, é uma das profissionais de serviço. 


"Resumidamente, uma das minhas funções é ver as horas e horas de gravações que foram feitas para que possamos selecionar os concorrentes que achamos terem boas vozes e as suas melhores histórias. São eles que vão incluir as cerca de duas horas de Factor X", explica à Notícias TV. "Só cassetes com filmagens de régie, isto é, sem contarmos com as que foram feitas na rua, vemos cerca de sete por dia. Cassetes de 124 minutos cada. Se juntarmos a isto as gravações nas filas e nas salas de espera, as saídas para a rua com o [João] Manzarra, os momentos extras com os jurados, entre outros conteúdos, percebemos porque estamos aqui 24 horas por dia e porque é que esta máquina não para", ri-se.O segredo, garante, é ser também espectadora. 


"O critério principal é a voz. Depois, o objetivo é passar lá para casa o que nós próprios sentimos quando estamos a ver as filmagens. Somos os nossos próprios espectadores e o que este ou aquele concorrente nos faz sentir serve de barómetro para as escolhas", admite. "Em última instância, tentamos sempre dar importância maior ao programa como um todo e não a momentos soltos", sublinha a coordenadora, frisando ainda que "os concorrentes são importantes na medida em que a sua história é importante para o conjunto do Factor X e não para uma emissão isolada".É a partir deste momento que Bernardo Sykes entra em ação. "Depois de os conteúdos estarem todos escolhidos, eu e a minha equipa decidimos que sequência vão ter. É importante existir equilíbrio entre uma história mais dramática e uma mais humorística", acrescenta o coordenador de edição. 


E quando é que a SIC recebe o programa que pode pôr em antena? Ana Abreu solta uma gargalhada: "Normalmente aos domingos às quatro da tarde... Há sempre várias versões de uma só emissão e enquanto há tempo estamos sempre a fazer alterações. Se pudéssemos, até alterávamos o programa quando ele já está no ar", brinca.Da campainha do hotel aos VMLFilipa Veloso toca uma campainha, daquelas de mesa, que em tempos idos chamavam os empregados nas receções dos hotéis. "Seguinte", diz uma das responsáveis pela produção dos concorrentes. São 11.30 de quinta-feira, 10 de outubro. 


O Pavilhão de Portugal, em Lisboa, constituiu a última oportunidade para quem não tentou a sorte nas pré-seleções realizadas no Teatro Camões e no Centro de Congressos da Alfândega do Porto. "Quando os candidatos a concorrentes chegam aqui ao nosso check-in pedimos-lhes o número de telefone que utilizaram para se inscrever por sms e registamos todos os dados no nosso sistema - o nome completo, a localidade, a profissão, a data de nascimento, os contactos", avança a Filipa Veloso. 


"Só se pode participar no 'Factor X' uma vez, mas há uns espertinhos que não passaram numa das pré-seleções anteriores e que tentam enganar-nos. O que eles não sabem é que nós temos uma base de dados que os identifica automaticamente", denuncia. Uma base de dados que será destruída assim que 'Factor X' chegar ao fim. "Não podemos, por lei, guardar dados pessoais de ninguém", sublinha.Ao mesmo tempo, equipas compostas por jornalista, anotadora, operador de câmara e perchista percorrem a fila onde cerca de dois mil portugueses, entre os 16 e os 76 anos, aguardam a chamada. São os denominados VML, ou seja, veículos móveis ligeiros. "Estão organizados a priori, para que quando chegam ao terreno cumpram o que está acordado", diz Sofia Pinheiro, da coordenação de conteúdos. 


E o que está pensado é, após a audição pela produção, a procura de histórias de vida que sirvam de complemento ao talent show". "Sabemos à partida quais os perfis de pessoas que gostaríamos de ter e tentamos sempre encontrá-las. Além disso, há sempre os extras: o que nunca pensávamos que pudéssemos encontrar e encontramos", continua.Depoimento gravado e inscrição completa, é a vez de cada candidato subir até uma das seis salas onde todos serão ouvidos por elementos da produção. Apesar de estar presente um membro da Sony Music Portugal, de forma a dar uma opinião mais profissional, a primeira triagem é uma questão de bom senso. "Também aqui somos espectadores na medida em que percebemos quem nos emociona ou não, quem pode ou não seguir para a fase de audições com os jurados", conta à nossa revista Pedro Isidro, responsável pela comunicação da Fremantle. "Se corremos o risco de não deixarmos passar alguém muito bom? Corremos, mas se acontecer será uma vez em duzentas", completa à NTV.A procura dessas histórias é, também aqui, muitas vezes uma questão de "sentimento". "Quando estamos nas filas, em busca de concorrentes para entrevistarmos, seguimos o nosso feeling. 


Claro que existem sempre aqueles que são visualmente diferentes ou que se dão logo a conhecer, que saltam para a frente das câmaras", acrescenta Sofia Pinheiro. "Após a audição do concorrente, se percebemos que tem uma história pessoal interessante, seguimo-la ao longo de todo o programa, até esse candidato sair. Muitas vezes até já sabemos os números de inscrição deles de cor e salteado (risos)", atira."Os concorrentes são todos filmados e fotografados"Precisamente uma semana mais tarde, quatro camiões TIR e dez carrinhas de produção levaram ao Meo Arena todo o material necessário para mais um dia de audições. 

A manhã é ocupada a montar cenários, a receber e gravar a chegada de concorrentes, a maquilhar e vestir os jurados, a acompanhar o apresentador João Manzarra em mais gravações. "Nesta fase, mais uma vez, os concorrentes são todos gravados e fotografados. Saberemos exatamente quem cá esteve, a que horas chegou, com quem veio...", diz Pedro Isidro.Os realizadores André Soares Ferreira e João Gandarez misturam-se e correm entre os restantes elementos da FremantleMedia. É o primeiro quem garante à Notícias TV que todas as fases de produção de 'Factor X' são complicadas, embora distintas e com complexidades diferentes. 


"A de pré-seleção é mais complicada pelo número de candidatos, já que estamos a trabalhar com multidões e, em média, demoramos duas horas para gravar dois ou três segundos de programa. O mais importante, seja em que altura for, é haver uma ligação entre todos os elementos da equipa. A confiança faz que estejam coisas a ser gravadas sem que eu ou o João estejamos a assistir. Acabamos por ver tudo na edição", sublinha o realizador.O trabalho de André seria impossível sem a ajuda de Rúben Vieira. Como assistente, organiza tudo para que os realizadores possam trabalhar. "Trato de meter os concorrentes no sítio, de deixar tudo pronto a gravar, o júri sentado, a plateia quietinha", exemplifica. Para este assistente de realização, a fase das audições é mais difícil do que a da pré-seleção. "Dá mais que pensar. 


Na seleção, em cinco minutos gerimos uma ou duas pessoas. Nas audições, em cinco minutos, temos de gerir vinte ou trinta", enumera, para depois pedir desculpa, mas terá de ir "até ali, juntar aquele grupo de duzentas pessoas e conseguir com que elas façam um "X" bonito para a nossa câmara", aponta.Pormenores não são à parte"Damos especial carinho e atenção a todos os nosso programas. Todos têm de ser melhores e mais grandiosos. O bom é sentir que estamos sempre a evoluir. Tanto em soluções de produção como em organização da equipa. Somos praticamente os mesmos há muitos anos e compomos a bem oleada máquina de produção da FremantleMedia", diz a produtora executiva Ana Torres sobre o programa de destronou a concorrente Casa dos Segredos, da TVI. "O segredo é produzir cada programa como se fosse o único e o melhor", sublinha.Para isso, todos os pormenores são importantes. É o caso da decoração, a cargo de Anabela Santos, também esta preparada com antecedência. 


"É preciso que tudo fique de acordo com o género de programa, que é de entretenimento familiar. Aqui tem tudo de ser muito simples, com design e tendo sempre em conta o cenário", teoriza. Um dos elementos mais especiais são as cadeiras dos jurados. "São da marca Vitra e muito confortáveis. Todos os objetos que aqui se encontram não podem sobressair nem ser espalhafatosos", conclui Anabela, que para as galas em direto, a partir de 1 de dezembro nos estúdios da Valentim de Carvalho, em Paço d"Arcos, terá em conta os temas musicais interpretados pelos concorrentes.Cabelos, maquilhagem e guarda-roupa também não são deixados de lado, principalmente quando se trata dos jurados. 


Rui Canento é quem os penteia, Marta Azenha quem os veste e Niza Loureiro quem os "pinta". Um trabalho que tem de ser feito em total sintonia. "Eu trato do cabelo da Sónia [Tavares], cujo penteado é decidido consoante a roupa que ela vai usar", afirma Canento. Marta Azenha, responsável pelo guarda-roupa, diz que a vocalista dos The Gift é "a mais simples de vestir". "Ela já tem vinte anos de experiência a tratar da sua própria imagem, por isso sabe exatamente do que gosta. Eu dou sugestões, ela traz muitas peças dela e eu também falo com alguns designers com que a Sónia já trabalhou. No fundo só tenho de me preocupar se resulta em televisão", diz. E eles são mais complicados de vestir em que sentido? "Não gostam de arriscar. São muito descontraídos, e por vezes temos de os recordar de que isto é um programa de televisão", refere Marta. 


Depois do guarda-roupa e do pentado, é a vez de Niza tratar da maquilhagem. "Só tenho de conhecer bem o cenário onde vamos gravar", conta.A caminho do sexto programa, a FremantleMedia já está a preparar as galas que serão apresentadas por Bárbara Guimarães e João Manzarra. "Os diretos estão a ser pensados desde o início. Começámos logo a planear como será o cenário, o espaço necessário, a iluminação, que como se sabe é das partes mais importantes para criar mais impacte, entre outras coisas. Agora estamos nas decisões mais práticas: guarda-roupa de apresentadores, jurados e concorrentes, logística de produção e convidados musicais, entre muitas outras coisas", enaltece a produtora executiva.Nos bastidores das audições, onde as caixas que transportam o material necessário às filmagens servem de cenário, a correria continua. Carolina Torres grava mais um Factor Extra, com imagens exclusivas e entrevistas aos candidatos. João Manzarra grava, ao lado de Rui Unas e Luciana Abreu, uma cena especial para a novela Sol de Inverno. A seguir, dá entrada aos concorrentes no palco. Paulo Junqueiro, Paulo Ventura e Sónia Tavares afastam o pano preto que dá acesso a metade do Pavilhão Meo Arena onde será gravada mais uma emissão. São três da tarde de quinta-feira, dia 17. Para a FremantleMedia, a ordem de trabalhos começou às seis. Terminará 22 horas depois.






















































Notícias TV

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