“Sete Palmos de Terra”, a muito premiada série televisiva que o canal norte-americano HBO exibiu durante cinco temporadas, tratou o tema da morte de forma realista e descomplexada. A trama desenrola-se em torno da “Fisher & Sons Funeral Home”, uma agência funerária de Los Angeles que, no início de cada episódio, se vê confrontada com a necessidade de organizar as exéquias fúnebres de alguém. Dificilmente veríamos uma abordagem tão crua e realista da actividade funerária numa ficção nacional. A relação dos portugueses com a morte ainda é povoada de “fantasmas”.A entrada da Servilusa no mercado português veio agitar as águas de um sector económico muito fragmentado, onde milhares de empresas familiares disputam os cerca de cem mil funerais que todos os anos se realizam no nosso país. O sector não sente a crise económica mas muitas agências que trabalham a crédito vivem no fio da navalha, à espera que a Segurança Social pague os subsídios de funeral às famílias. Apesar do conservadorismo lusitano, assistimos a alterações nos rituais funerários, ditadas pela mudança de mentalidades e pela oferta de produtos e serviços. Entre nós, a cremação ganha cada vez mais adeptos assim como a tanatopraxia, técnica de conservação temporária de cadáveres que, de acordo com os especialistas, suaviza a dor e facilita o luto das famílias.
Mas há mais:
De diamantes produzidos a partir da madeixa de cabelo de alguém que partiu até urnas com sistema de comando à distância, há de tudo neste “mercado da eterna saudade”. Não perca, amanhã no Jornal da Noite, na SIC!
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