Ângelo Rodrigues: "Seria hipócrita se dissesse que ser bonito não me abriu portas" - Site SIC GOLD ONLINE – SIC Sempre GOLD

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17 de setembro de 2011

Ângelo Rodrigues: "Seria hipócrita se dissesse que ser bonito não me abriu portas"

Há seis anos chegou sozinho a Lisboa, "sem nada". Hoje, é o novo galã da SIC, mas o termo "assusta-o". O protagonista de ‘Rosa Fogo’ fala das cenas quentes com Cláudia Vieira, explica como o pai lhe incutiu o gosto pelas artes e recorda os tempos difíceis de bullying na escola. Feliz no amor ao lado de Iva Domingues, diz que não acredita "no casamento".

Rosa Fogo estreia-se na próxima segunda-feira, na SIC, com o tango como pano de fundo. Vamos ver se tem a lição bem estudada: Quantos subgéneros de tango existem? [quatro: argentino, finlandês, de salão e o novo]

(risos) Não tenho nada que ver com o tango na novela. Só me apaixono por uma dançarina, Maria [Cláudia Vieira]. Não tenho a obrigação de saber isso! (gargalhada)

Fale-me um pouco do Estêvão, que é um dos protagonistas da novela.

Sou um gestor criativo que vai trabalhar para a mesma empresa de cosméticos onde está a Maria. Apaixono-me por ela e começo a absorver o mundo dela e os gostos da personagem, entre os quais se inclui o tango. Talvez a meio da novela, terei de aprender uns passos para impressionar a Maria.

Como é que se preparou para este papel?

Ao contrário de personagens anteriores, no Estêvão não quis inspirar-me numa só pessoa. É uma personagem com muitas nuances, complexa. Há aqui uma vertente que é o lado afectivo e emocional, a mãe [Lídia Franco] tem Alzheimer. É emocionalmente difícil. Li livros e vi filmes sobre a temática e tivemos contacto com a Associação Portuguesa de Alzheimer. Não queremos fingir nesta novela, vamos ser o mais realistas possível.

E depois existe o lado mais frio, de gestor...

Sim. É um líder. Aqui procurei assistir a palestras de pessoas como Steve Jobs [ex-presidente da Apple] ou José Mourinho. Pessoas de áreas diferentes, mas que sejam líderes.

Para ler o resto da entrevista, clique em Ler Mais!

Como é que reagiu quando recebeu o convite para este papel, talvez o de maior responsabilidade na sua carreira?

É, definitivamente, o meu maior desafio profissional. O convite foi-me feito pela Gabriela Sobral, na carpete vermelha dos Globos de Ouro, quando estava a ser fotografado. Fiquei a remoer aquilo durante a gala toda! (risos) De facto, não estava à espera, sinceramente. Acredito no trabalho que tenho desenvolvido. Tenho estudado e feito formação e acredito no meu potencial. Mas, para ser sincero, pensei que ainda não era agora a minha vez.

Porquê?

Achei que era um caminho que ainda ia demorar algum tempo e que iria passar por alguns obstáculos. Mas, de facto, as surpresas da vida estão no inesperado. Houve aquele medo e insegurança iniciais, de achar que não conseguia estar à altura, mas no fundo há sempre aquela segurança de saber que há quem aposte em mim, por algum motivo.

A Cláudia Vieira tem sido uma boa surpresa?

Já a conhecia pontualmente, mas nada de especial. Tem sido uma óptima surpresa, muito absorvente. É o melhor adjectivo (risos). Passamos a ter uma relação muito próxima com uma pessoa que não conhecemos. Próxima como se fôssemos namorados. Mas tornámo-nos bons amigos. Tem sido um prazer assistir à evolução dela.

O Pedro Teixeira ainda não lhe ligou, depois de ver as promoções picantes da novela?

(risos) Tenho ouvido dizer que o Pedro é ciumento. E, como ele anda no meu ginásio, tenho evitado ir às horas que ele vai! Mas não... está tudo bem, claro! Trabalhamos na mesma área e isso é bom.

Alguns dos actores de Rosa Fogo gravaram as primeiras cenas da novela na Argentina. Mas o Ângelo ficou por cá... É quase castigo!

Tenho um azar do caraças! (risos) Nunca me calham estas viagens. No próximo contrato, tenho de inserir uma alínea a dizer que tenho de viajar (risos). Mas agora a sério, adorava conhecer a Argentina. Foi o mote desta novela, conseguir transmitir esta emoção à flor da pele que existe lá.

Sente-se a pressão, dentro da equipa da Rosa Fogo, para igualar ou superar as boas audiências deLaços de Sangue?

A fasquia está elevada. Como esta novela não tem o selo da Globo, existe o pensamento geral de que "nós também conseguimos fazer". Já trazemos o conhecimento e o know-how de Laços de Sangue. É manter esse trabalho e, com novos cenários, textos e actores, vamos conseguir superar as audiências.

Alguns actores de Laços de Sangue, como Joana Santos, estão a ter formação na Globo, no Brasil. Este cenário é uma meta para o Ângelo?

Claro, é um dos meus próximos objectivos. Gostava imenso. A sinergia entre a Globo e a SIC é algo fantástico. Acabamos por ser uma porta de entrada para o mercado europeu através da Globo e, por outro lado, há uma abertura no mercado brasileiro para actores portugueses.

Imagina-se a fazer novelas no Brasil, como o estão a fazer, por exemplo, Ricardo Pereira ou Paulo Rocha?

Porque não? Claro que sim!

Tem sido uma das grandes apostas da SIC nos últimos tempos, primeiro em Laços de Sangue. Agora como protagonista em Rosa Fogo. Acha que a SIC vê em si o próximo galã?

Sinto que estou a ser uma grande aposta e só espero corresponder às expectativas. Se esse conceito de galã estiver ligado ao meu trabalho, que seja uma coisa benéfica, é claro que estou preparado para isso.

Mas assusta-o este título de galã?

Assusta-me, porque é um termo muito abrangente.

Durante o período em que está a trabalhar para a SIC, recebeu alguma proposta de trabalho da TVI, canal onde começou?

Não.

E se esse convite tivesse vindo?

Como é um convite dentro da minha área, nunca iria fechar a porta. Mas estou muito grato à aposta que me propuseram e sou fiel às pessoas que me ajudam. Sou fiel à SIC.

E o seu disco a solo? Em que fase se encontra e quando sai?

Como surgiu a Rosa Fogo, tem sido complicado. Tenho um álbum 90% pronto, só me falta a mistura e a masterização final. Não tenho tido tempo para me dedicar ao projecto ou para contactar com editoras nesse sentido. Mas já agora, deixo o repto. É um disco pop e r&b, muito pessoal mesmo. É um projecto novo e ambicioso. (risos)

Como é que a sua família reage ao sucesso que tem tido na sua carreira? Ficam orgulhosos?

A família fica orgulhosa, mas não mostra muito. Talvez para não me mimarem demasiado ou para me ajudarem a ter os pés assentes na terra. São sempre muito ponderados e sensatos nas abordagens sobre esse assunto.

Mas o Ângelo ainda é muito novo [24 anos]. Dão-lhe conselhos também?

As pessoas só se iludem se não tiverem os objectivos bem definidos e se não estiverem focados neles. E eu sou um rapaz normal, mas sou focado e determinado. Agora, o que os meus pais dizem, não pertencendo a esta área, passa um pouco pelos clichés de "pés assentes na terra", "tu não te estragues", o normal, esse tipo de coisas. Já a minha tia Estrela Novais, que já é actriz há vários anos, dá-me conselhos mais assertivos. Ela procura também que não me iluda com coisas acessórias. Porque é muito fácil iludir-se nesta área.

O que é que fazem os seus pais?

O meu pai é professor de Educação Física, mas agora está reformado. A minha mãe é cozinheira.

O Ângelo é filho único?

Não, tenho mais três irmãos. Somos uma manada (risos). São dois mais velhos e uma mais nova. Cada um na sua área, nenhum é actor. Mas respeitam-me e dão-me toda a força do mundo.

Como é que recorda a sua infância? Fazia a vida negra aos seus irmãos?

Era mais à minha irmã, que era mais nova. (risos) Tinha mais força para ela do que para os mais velhos. (risos). Mas agora a sério, quando penso na minha infância, tenho mais referências culturais. Tive um pai que soube iniciar-me na cultura, levou-me a muitas exposições, muitos museus e muitas peças de teatro em criança. Obrigava-me a ler muita coisa e a ver muita coisa. Tudo com o intuito de aprender e alargar horizontes. Devo-lhe muito por ter feito isso. Foi um estágio da personalidade que agora desenvolvi. Esta abertura que tenho de fazer várias coisas e ser versátil vem muito daí.

O Ângelo nasceu no Porto e viveu em Vila Nova de Gaia. Foi difícil a adaptação a Lisboa quando partiu para a capital?

Em criança, vinha a Lisboa umas duas vezes por ano. Achava isto fantástico, achava que Lisboa era Hollywood (risos) e que adorava vir para cá. Levei 18 anos a tomar essa decisão, mas vim.

E quando chegou cá, com 18 anos?

A adaptação não foi difícil no que respeita a relações interpessoais e amizades. Economicamente foi difícil. Desde os 16 anos que dizia aos meus pais que acabava o 12.º ano e vinha para Lisboa. Eles sempre acharam isto uma brincadeira. O que é certo é que, quando recebi o diploma do meu 12.º ano, peguei numa mochila e vim para Lisboa. Sem nada. Sem dinheiro, com algumas roupas na mala.

E como é que conseguiu sobreviver?

Pedi dinheiro emprestado a alguns colegas, no início. Tinha um objectivo, que era iniciar os estudos na faculdade e iniciar-me no mercado da representação. Tive de arranjar um trabalho rapidamente, pelo menos para orientar o primeiro mês em Lisboa. A primeira entrevista foi para a discoteca Lux, onde trabalhei durante duas semanas, como barman. Deu para aguentar os primeiros tempos, mas olhando para trás, foi complicado.

E depois?

Não foi preciso arranjar outros trabalhos, porque logo então recebi o convite para a Doce Fugitiva (TVI). Depois vieram os Morangos com Açúcar. Foi uma coisa gradual, não foi nada meteórico e isso é bom. Passarmos por dificuldades para sabermos o que a vida custa.

Costuma visitar os seus pais aos fins-de--semana?

Sou um filho um bocado desnaturado (risos). Gostava de ir lá mais vezes e de estar mais tempo com os meus pais. Não tenho tido muito tempo, a verdade é essa. Mas este trabalho é tão esgotante que, às vezes, ao fim-de-semana só nos apetece desligar o cérebro e estar com as pessoas mais próximas, namorada e amigos. Tenho aproveitado mais para estar com eles quando vou tocar como DJ ao Norte. Se não, é mais nas épocas festivas, tipo Páscoa e Natal. (risos)

Quando pensa no Norte, do que é que sente mais falta?

Das pessoas. Tenho sempre dificuldade com as pessoas que são de Lisboa. Sempre que volto ao Porto, nota-se tão bem. Em Lisboa há muitas culturas, etnias. No Porto, há uma proximidade e uma hospitalidade que fazem parte do BI de cada pessoa. E a fidelidade também. Não vejo isso em Lisboa.

Mas vamos lá a saber. É capaz de fazer uma boa francesinha?

(gargalhada) Adorava! Sempre que vou ao Norte, faço sempre questão de comer uma francesinha. Só os nortenhos é que sabem dar valor a uma bela francesinha. Mas não sei fazer. Aquele molho tem uma receita difícil de perceber... é como os pastéis de nata!

E lá em casa, quem é que cozinha? O Ângelo ou a Iva [Domingues, namorada]?

Divide-se, mas é mais a Iva. Ela tem mais jeito. Eu é mais ovos estrelados, batatas fritas, massas e arroz. (risos) Eu faço os acompanhamentos, ela cozinha o ingrediente principal.

Ainda se lembra de quem é que deu o primeiro passo no namoro?

Acho que não houve, notoriamente, alguém que tivesse dado o primeiro passo. Foi algo tão instantâneo que acabou por ser mútuo. E quando assim é, é muito giro, é especial. E pela minha personalidade, nunca dou um primeiro passo numa relação. Se a Iva também não tivesse mostrado interesse, se calhar hoje ainda estávamos a trocar mensagens no telemóvel e no Facebook. (risos)

Quais são as três qualidades que mais aprecia na Iva?

(pausa...) Generosidade. Sentido de humor. Ternura.

A Iva Domingues também é do Norte, nasceu em Braga. Lá em casa fala-se com sotaque nortenho?

E de que maneira! Com palavrões inclusive! (risos) Temos é que ter cuidado porque a Iva tem uma filha [Carolina, de oito anos]. Temos de ter cuidado com as conversas. Mas é engraçado haver esta afinidade, falamos a mesma linguagem. Já tive outras namoradas que se sentiam muito ofendidas quando, às vezes, saía assim um vernáculo entre as frases. Mas com a Iva estamos na mesma casa e falamos a mesma linguagem, é óptimo.

Existe algum tipo de receita para o sucesso numa relação amorosa?

Para além de se viver um dia de cada vez, a confiança é a base de qualquer relação. Se houver confiança e sentimento, tudo o resto vem por arrasto.

A Iva é a mulher da sua vida?

Claro, se não, não namorava com ela.

Casar e ter filhos, a história do costume. É um objectivo e um desejo para si?

Não pensamos nisso porque não faz parte das nossas prioridades. Não sou religioso e não acredito na instituição do casamento. Por outro lado, não é um papel assinado que nos vai dizer quanto gostamos um do outro. O sentimento está cá dentro e não numa aliança no dedo.

Tem uma namorada crítica do seu trabalho?

A Iva é uma crítica muito exigente. Sendo eu perfeccionista, tenho dificuldade em receber críticas. Posso não absorvê-las à primeira, mas penso no assunto e acabo por dar razão. E as críticas dela são sempre muito construtivas e assertivas. Tento sempre dar ouvidos. Ela, acima de tudo, é a minha melhor amiga.

E como é que ela reage às cenas picantes da novela Rosa Fogo?

Ah, isso é outra coisa. A assertividade dela passa por cenas que não envolvam beijos e proximidade com a Cláudia [Vieira]. Quando envolvem essas cenas é mais complicado, como é normal. Mesmo trabalhando todos na mesma área, não deixamos de estar ali com uma pessoa que não é a nossa namorada.

Está em boa forma física. Como é a sua relação com o seu corpo e a sua imagem?

Já foi uma relação difícil, mas é uma relação em construção. Sempre vivi uma vida com bastantes complexos em relação ao meu corpo. Porque era muito magro, não gostava de me ver ao espelho. Era gozado na escola e já fui vítima de bullying. Houve uma série de acontecimentos que acabaram por construir uma personalidade mais fechada, mais virada para mim, para dentro, com muitos receios e inseguranças. Depois comecei a crescer, a desenvolver a minha personalidade. Comecei a gostar mais de mim, comecei a ir ao ginásio e a gostar mais de me ver ao espelho. E o resto veio por arrasto. Não é que o exterior influencie o interior, mas ajuda.

Mas porque é que era vítima de bullying na escola?

Foi no início da adolescência e foi algo que me marcou. Essas coisas não se explicam bem. Aconteceu, nem sempre existe uma explicação lógica para o bullying. Mas geralmente tem que ver com as minorias. São as pessoas mais magras, ou os que usam óculos, os que primam pela diferença.

Que tipo de cuidados é que tem hoje com o corpo? Quantas horas passa no ginásio?

Tento ser regrado e metódico. Quando há disciplina, os resultados são notórios. Tento ter cuidado com a alimentação e ser regrado no ginásio. Vou quatro vezes por semana, cerca de uma hora de cada vez. Sinto-me muito melhor comigo próprio.

Ser um homem bonito abriu portas na sua carreira?

Ia ser muito hipócrita se dissesse que não, se dissesse que apenas o meu talento é que me fez chegar onde estou hoje. Infelizmente, vivemos numa indústria em que a ditadura da imagem é cada vez maior. No entanto, quero acreditar que isto é uma coisa cíclica. Acho que a minha indústria já viveu mais essa ditadura, espero que esteja a mudar. No entanto, isto não é uma realidade portuguesa, é do mundo todo. As pessoas gostam de ver pessoas bonitas na televisão.

Mas irrita-o esta obsessão pela imagem?

Irrita-me quando há pessoas iludidas, que não fazem a mínima ideia do que é ser actor e do que isso implica. Há muita gente nesta indústria que não tem a motivação que deveria ter. E é uma pena. Ser actor não é só aparecer numa novela e dar entrevistas. É muito mais do que isso. A minha busca tem sido a busca da verdade do actor, do que implica representar e viver a vida de outras pessoas. É isso que me motiva.

E como é que é com o feedback na rua? Tem dias?

É por dias, o meu humor. (risos) Há dias em que não me apetece falar com ninguém. Mas tenho de ser carinhoso com todas as pessoas que reconhecem o meu trabalho. Com Laços de Sangue, tive as maiores e melhores abordagens de sempre. Foi uma novela que atingiu várias franjas de mercado, várias idades, etnias e nacionalidades. É engraçado ver isso.

As miúdas deixam-no em paz ou chateiam-no muito?

É engraçado, é bom para o ego. Não vou dizer que não é. Mas eu sou muito tímido nestas abordagens e sinto-me sempre como se fosse um miúdo envergonhado de 15 anos que ainda não sabe lidar com estas palavras. Agradeço, sorrio e sigo.

Já houve alguma situação de assédio mais complicada?

De desagradável, todos temos os nossos episódios, não vale a pena especificar. Mas houve um muito engraçado. Uma miúda de seis anos que se virou para mim na rua e disse "Amo-te", e começou a correr e foi-se embora. (risos) É que nem deu tempo para lhe responder!

O que é que não perde na televisão?

Não vou perder a novela Rosa Fogo, claro. Mas do tempo que tenho, tento ver algumas séries. A minha de eleição é Californication. O [actor] David Duchovny e aqueles textos estão fenomenais. Adorava fazer uma série e uma personagem assim, viciada em sexo. Também vejo alguns talk shows, como o do Conan O'Brien. E era fã do Último a Sair (RTP1).

Quem é o Ângelo Rodrigues aos 24 anos?

Isso é uma pergunta à Daniel Oliveira! "O que dizem os teus olhos"? (gargalhada) Como é que me consigo definir numa frase? É que não consigo mesmo, sou demasiado complicado. Respondi? (risos)

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