Na próxima segunda-feira, na rubrica: ‘Sobreviventes’,com o tema: ‘O acidente tem de ser um detalhe na minha vida’

Há 14 anos que Jorge Marques se dedica ao mergulho.
Mais do que uma profissão, é uma forma de vida. No dia 1 Outubro de 2009, primeiro dia de férias, foi desafiado por um aluno a mergulhar. Nem hesitou. Realizou, passo a passo, todos os procedimentos habituais. Já em pleno alto mar, o imprevisto aconteceu. A 70 metros de profundidade, Jorge depara-se com um problema no equipamento. Poucos minutos depois, sai disparado em direcção à superfície. Em segundos, fez uma subida que devia ter feito, com as devidas paragens, ao longe de uma hora. Chegou ao barco quase sem sentir o corpo, com a pele vermelha e inchada.Jorge, sempre consciente, reconheceu desde logo os sintomas de uma doença da descompressão. Com dores alucinantes, esperou por ajuda. Foi em desespero que chegou ao Hospital Pedro Hispano. Ficou numa cama, sem se mexer, durante quase 3 meses.Não reconhecia o homem em que se tinha transformado. Um ano e meio depois do acidente, Jorge diz estar apenas 30% das suas capacidades. Ainda assim, a sua recuperação superou todas as expectativas. Depois de mais de 100 sessões na câmara hiperbárica e de vários meses de fisioterapia, Jorge recuperou os movimentos, a sensibilidade e a vontade de voltar a mergulhar. Rubrica ‘Sobreviventes’, na próxima segunda-feira, no Jornal da Noite da SIC. Não perca!