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4 de fevereiro de 2012

Sofia Pinto Coelho: "Vivo consumida pelos casos e chego a ser obsessiva"

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A jornalista está hoje de volta ao ecrã com a segunda temporada de 'Condenados', que vai para o ar a seguir ao 'Jornal da Noite'. Os protagonistas da primeira série participam num fórum e o público pode intervir através do Facebook e na 'webpage' da SIC.

Um ano depois, como está a vida de Sérgio Casca, o caso que vamos ver hoje, no regresso de Condenados à SIC?

Depois de ter aparecido na televisão, surgiu um convite e hoje Sérgio Casca trabalha como perito em acidentes de viação. Investiga e dá o seu parecer sobre acidentes em que ninguém assume a culpa. Foi o melhor classificado no curso de formação que fez. É uma área que tem semelhanças com a brigada de trânsito da GNR, à qual ele tinha uma enorme dedicação.

Que mudou na vida dos outros "condenados" nos outros três episódios?

O Presidente da República concedeu um indulto (perdão de pena) ao Éder. Depois de ter estado preso quatro anos e meio, pelo roubo de um telemóvel, voltou a ser preso por causa de um processo antigo que só foi reativado em consequência do roubo do telemóvel. Por causa desse provável erro judicial, esteve preso, ao todo, seis anos. Hoje, aos 26 anos, vive com a mulher e o filho e trabalha numa gráfica, onde recebe 2,80 euros à hora. Um advogado interessou-se pelo caso e está a tentar reabrir o processo para demonstrar a sua inocência. O Carlos foi aceite na fábrica de descasque e embalamento de pinhões para a qual trabalhava. Tem fama de ser o melhor avaliador de pinhais da região e não perdeu o jeito. Está em liberdade apenas há um ano e já fez negócios de fazer inveja. O Ismael emigrou para a Holanda, onde trabalhou em fábricas de mexilhão, de flores e de bolos. Porém, não conseguiu singrar e acabou por regressar a Portugal.

Quem vai ter em estúdio para os debates?

Não será um debate em estúdio, mas sim um fórum no Facebook e na webpage da SIC, onde o público fará perguntas e críticas. A equipa que realizou os programas, juntamente com cada um dos «condenados», responderá, em direto.

Para ver o resto da entrevista, clique em Ler Mais!

O uso das redes sociais, como Facebook, vai alargar a participação de espectadores, já que não precisam de se "mostrar" ao telefone?

Creio que sim. Vamos ver. É uma primeira experiência. Julgo que devemos, em todas as oportunidades, partilhar experiências e conhecimentos sobre temas judiciais. Apesar de hoje existir muita informação sobre julgamentos, creio que os portugueses ainda não compreendem bem os mecanismos legais. Não só porque se trata de algo complexo, mas também porque a informação judiciária é dada de forma demasiado superficial.

Os "condenados" estão preparados para a exposição pública, participar num fórum e responder às perguntas dos espectadores?

São pessoas preparadas para responder a tudo que lhes for perguntado. Eles nada têm a temer.

O que a levou a fazer uma segunda temporada de Condenados com os casos da primeira série?

Quis mostrar que, apesar do cadastro, estes homens foram bem acolhidos e até conseguiram obter trabalho. Esta reinserção social é um progresso notável. Fiquei surpreendida porque julgava que a mácula de terem sido condenados iria sobrepor-se a tudo o resto.

Porque não escolheu novos casos para esta temporada?

Achei que as histórias deles mereciam um epílogo. Quisemos ver de que forma, depois da exposição pública, seriam recebidos na comunidade e voltar a dar-lhes uma oportunidade de terem voz.

Quanto tempo levou a preparar a segunda temporada de Condenados?

O trabalho pesado, ou seja, a consulta de processos, pesquisa, análise e a reportagem, já estava feito. Agora, foi rápido: entrevistámo-los novamente e introduzimos os seus advogados, que não tinham aparecido anteriormente.

Depois da primeira temporada que feedback recebeu por parte da Justiça portuguesa?

Zero.

Sentiu que a Justiça se sentiu melindrada por ter posto em causa sentenças proferidas?

Terá sentido que era mais um trabalho a denegrir a qualidade da Justiça. Porém, não foi feito com esse intuito, como é óbvio. Quando se divulga um erro médico, isso não significa que se esteja a pôr em causa o Serviço Nacional de Saúde.

Sente-se "condenada" pela Justiça portuguesa por investigar estes casos?

Não.

Como é que a Justiça lida com os seus próprios erros no nosso país?

Em Portugal, não lida, ignora. Todavia, este tema há muito que noutros países é encarado com naturalidade. Os erros acontecem em qualquer área e cabe-nos estudá-los à lupa para que não se repitam. É o que acontece, por exemplo, na atividade médica. O dramático é que as sentenças, tal como as cirurgias quando correm mal, podem causar danos irreversíveis. Não podemos esquecer-nos de que, depois da morte e da doença, uma condenação injusta será talvez o pior que nos pode acontecer.

Que países admitem e como tratam os seus erros jurídicos?

Nos Estados Unidos da América, tem tido grande projeção a ONG Project Innocence, que oferece apoio jurídico a presos que pretendem demonstrar a sua inocência através de contraprova de ADN. Nos últimos 20 anos, mais de 250 pessoas foram libertadas, depois de reconhecido o erro judicial.

Que tipo de condenados eram esses?

Numa das peças complementares, que será emitida hoje, às 01.00, mas apenas na SIC Notícias, abordaremos o filme Convictiorn (2010), que segue uma história verídica: uma mãe de família, que trabalhava num bar e tinha largado o liceu, fez o curso de Direito e tornou-se advogada para conseguir ajudar o irmão, injustamente preso por homicídio. Ao fim de 18 anos, conseguiu...

E noutros países?

Em Inglaterra o tema é acompanhado desde os anos oitenta, com a libertação do grupo do caso Guildford Four, que deu origem ao filme Em Nome do Pai, com Daniel Day-Lewis, e do grupo no caso Birmingham Six, injustamente condenado por atentado terrorista do IRA. Hoje, existe uma comissão especial para analisar possíveis erros judiciais.

Pela convivência que teve com os "condenados" de que forma podem alguma vez ser compensados por um erro da Justiça?

O Éder tem agora um advogado que se interessou pelo seu caso e está a tentar reabrir o processo, para se fazer um novo julgamento e demonstrar a sua inocência. Os restantes, creio que já não terão essa esperança.

Que obstáculos teve de vencer para fazer estas investigações?

Não houve propriamente obstáculos. São é trabalhos que exigem muita pesquisa, estudo e persistência. Por outro lado, ao contrário de outro tipo de reportagens, nestas não basta apontar a câmara. Além disso, a maior parte das pessoas não quer falar, mesmo que sejam meras testemunhas, ninguém gosta de aparecer relacionado com crimes ou justiça.

Que tipo de pressão sofreu?

Não houve nada de especial.

Em Portugal ainda se consegue fazer jornalismo de investigação?

Sim. Basta querer. No nosso caso, o facto de sermos uma pequena equipa, coesa e motivada, que é constituída por João Nunes, Manuel Chaves e Diana Matias, foi vital.

Numa altura de fortes contenções orçamentais por parte dos órgãos de comunicação social, sente que o jornalismo de investigação está ameaçado?

Não está ameaçado. Temos até ferramentas que nunca tivemos, a digitalização de documentos, a pesquisa pela Internet.

Mas também teve de fazer mais com menos?

É evidente que há despesas inultrapassáveis, como as deslocações, por exemplo, mas, de resto, há formas inventivas de fazer mais com menos.

Consegue desligar-se facilmente dos casos?

Não. Vivo consumida pelos casos. Chego a ser obsessiva, com tudo o que isso tem de bom e de mau.

Depois de a primeira temporada ser emitida pela SIC, recebeu pedidos de outros "condenados"?

Sim. Recebemos perto de 15 casos novos. Estava à espera de mais, mas acaba por ser um sinal muito positivo de que, afinal, não há tantos erros como se poderia calcular. Selecionámos seis casos, em que estamos a trabalhar para uma nova série, com um enfoque diferente.

O que pretendia quando iniciou a investigação para Condenados?

Pretendia simplesmente verificar se haveria prova consistente para se ter condenado aqueles quatro homens.

Em 2011, Condenados foi considerado o Melhor Programa de Informação pela SPA. De que forma é que este prémio a motivou?

Foi um reconhecimento enorme. Ficámos orgulhosíssimos.

Que projectos tem na área da investigação criminal?

Estamos a trabalhar numa nova série criminal - com base nos casos que recebemos -, e que terá um enfoque diferente de Condenados.

 

 

NTV

1 comentário:

  1. olá eu não sei se é aqui que eu posso pedir ajuda para a minha mãe eu chamo me carlos e tenho 11 anos a minha mãe tem 37 anos e eu sou o 2 filho mais velho ainda tenho mais 3 irmãos um 17 anos e dois mais novos de 8 e 4 anos queria pedir ajuda á cic e ao dr dos dentes a minha mãe é muito bonita mas só tem 9 dentes em cima e que é quase tudo de massa já a sair e preta só dois é que estão bõns e em baixo tem 11 ela tem a cara muito magrinha por não ter dentes tem vergonha de pedir trabalho e por causa disso só vivemos com 3oo euros de rendimento pode nos ajudar a ajudar a nossa mãe por favor vou mandar o n da minha avó 934195874 a minha mãe faz anos agora em maio dia 7 como não temos dinheiro para lhe dar nada era uma boa prenda de anos obriga da de mim carlos do joão do paulo e da ana ps: ela tembem deixou de se arranjar porque o namurado dela tá senpre a dizer que ela é velha e que cheira mal da boca e ela e tão bonita eu gosto muito dela se isto não der em nada eu tentei amo te muito mãe

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