Seis anos antes, em Lisboa, a Júlia Pinheiro quem concorria a um lugar na RTP. "Eu tinha 18 anos e decidi concorrer. Era um casting promovido pelo jornal Se7e. Mandei uma carta com um texto sobre um tema à escolha - escrevi sobre um concerto impossível: uma reunião dos Beatles, que na altura ainda eram todos vivos - e lá me chamaram. Foi assim que comecei a apresentar", diz a diretora de Conteúdos da SIC. O programa por que deu a cara chamava-se Estamos Nessa e Júlia garante que a primeira emissão "foi uma festa". "O programa era gravado e eu estava convicta de que aquele era o meu caminho. Isso fez-me sentir segura. A verdade é que éramos sete e nem todos fizemos carreira. Só eu, o Paulo Alves Guerra, acho que agora editor das manhãs da Antena 2, e um rapaz que era o Miguel Oliveira, irmão do ator Pedro Oliveira. O Miguel era o meu flirt... O engraçado é que o Estamos Nessa foi concebido para substituir o Vivá Música, então apresentado pelo Jorge Pêgo, na altura meu futuro cunhado [risos]. O mundo é um penico!", recorda a apresentadora de ‘Querida Júlia’. Apesar da convicção de que tudo iria correr bem, a verdade é que Estamos Nessa acabou "por ser mau que doía" e Júlia Pinheiro esteve os três anos seguintes como secretária de redação do programa da estação pública Viva a Cultura! "Nessa altura aproveitei para fazer vários cursos no Centro de Formação da RTP. Depois consegui enfiar-me na rádio. Tinha estado a trabalhar durante esse período sem receber e achei que estava na altura de me fazer à vida. Até recebi um convite para ir trabalhar para a redação da RTP Madeira, mas tinha um namorado novo e não quis deixá-lo", conta. Era Júlia Pinheiro locutora da Rádio Renascença há um ano quando Nuno Santos iniciou o seu percurso profissional. Estava-se em 1985 e o atual diretor de Informação da RTP tinha 18 anos. "Comecei a colaborar na Rádio Comercial num programa chamado A Nossa Turma, com a Ana Bravo - que está agora na TSF - e a Maria Flor Pedroso. Fui lá parar porque andava com um grupo de colegas do 12.º ano a fazer um trabalho para a escola sobre rádios e nesse âmbito visitámos as três rádios que existiam na altura, incluindo a Comercial. Foi então que conheci o Luís Montez e acabámos por criar uma relação, primeiro de cumplicidade e depois de amizade. Meses mais tarde, ele convidou-me para ir trabalhar com ele", recorda Nuno Santos que, apesar de não se lembrar da primeira emissão, não esquece um dos seus disparates iniciais: "Eu fazia coordenação de programas desportivos. Uma vez estava a acompanhar um jogo de hóquei em patins e durante a emissão disse que se ia fazer a marca do pontapé de grande penalidade. Foram tantas as gafes e as asneiras...", diz.
NTV
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