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17 de novembro de 2012

Emmy projecta ficção nacional

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Rosa Fogo’, da SIC, e ‘Remédio Santo, da TVI, lutam pela conquista de mais um prémio. Decisão conhecida na segunda-feira. Depois de ter feito história no ano passado, ao tornar-se o primeiro país a ganhar por duas vezes o Emmy de Melhor Telenovela [‘Meu Amor’ (TVI), em 2010, e ‘Laços de Sangue’ (SIC), em 2011, Portugal poderá este ano aumentar o feito e acumular três vitórias consecutivas nos mais importantes prémios mundiais de televisão. Além disso, um canal de TV e uma produtora (SIC/SP Televisão ou TVI/Plural) poderão tornar-se, pela primeira vez, duplos vencedores. ‘Rosa Fogo’, protagonizada por Cláudia Vieira, Ângelo Rodrigues e José Fidalgo, e ‘Remédio Santo’, encabeçada por Rita Pereira, Sara Barradas e João Catarré, são os trunfos nacionais contra ‘O Astro’, produção brasileira da TV Globo, já emitida na SIC, e ‘Iron Daughters-in-Law’, uma trama sul-coreana. O vencedor será conhecido na próxima segunda--feira, numa gala a realizar em Nova Iorque.

Mas a conquista não é apenas de Emmys. O aumento da notoriedade da ficçãogearshift-don-emmy-003-737444 portuguesa, abre portas para a venda de telenovelas e séries nacionais um pouco por todo o Mundo. Isto mesmo é confirmado à Correio TV por Margarida Vitória Pereira, directora da área internacional da TVI, que explica que "os canais de vendas em Portugal ainda não têm a eficácia de uma Globo ou Televisa [canal mexicano]", mas "tem havido uma evolução nos últimos anos". Ainda assim, "por serem produtos de longa duração", as novelas "demoram algum tempo até serem vendidas". "São enviados vários cadernos com informação da novela e depois os canais de televisão avaliam se querem ou não", explica a responsável. É o caso de ‘Meu Amor’ e ‘Remédio Santo’, as duas novelas da TVI associadas aos Emmy, cujas vendas ainda não foram concretizadas, mas que têm despertado interesse e estão sob avaliação de várias produtoras e canais internacionais. No caso da SIC, ‘Laços de Sangue’ e ‘Rosa Fogo’ estão em processo de negociação com países da América Latina e do leste da Europa. João Pedro Nava, responsável de vendas internacionais da estação de Carnaxide, já havia confirmado o aumento da "curiosidade" pelos produtos nomeados. "Há pedidos de informação, há interesse, esperemos que se concretize em vendas", disse após o MIPCOM, uma das mais importantes feiras mundiais de audiovisual. Sem adiantar valores, Luís Marques, director-geral da SIC, confirma à Correio TV que a venda de ficção é importante do ponto de vista do negócio, embora "ainda não tenha um peso significativo nos proveitos da estação".

"Nestes últimos anos estamos a conseguir mostrar aquilo que é a ficção portuguesa ao resto do Mundo", afirma peremptório Pedro Lopes, coordenador de guionistas da SP Televisão, vencedor de um Emmy com ‘Laços de Sangue’, e autor de ‘Dancin’ Days’, a novela líder de audiências na televisão portuguesa. "Estamos a combater com países que dominam o mercado em termos de vendas internacionais, porque já o fazem há muito tempo. As produtoras e canais portugueses chegaram há menos tempo a esse circuito", conta. Ainda assim, acredita que "as nomeações despertam o interesse para aquilo que se está a fazer" e espera que "isso tenha correspondência na venda de novelas e que se possa ver, cada vez mais, a nossa ficção ser exibida nos países de Leste, na Ásia, em África e, até mesmo, na América Latina que já é uma região tradicional de produção de telenovelas".

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Nos últimos anos têm sido vários os países a aco-lher nas programações das suas televisões produtos de ficção portuguesa, isto apesar da barreira linguística dificultar, muitas vezes, a exportação. A América Latina, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, a Europa de Leste e alguns países asiáticos estão entre os principais compradores de telenovelas e séries nacionais (ver infografia). ‘Morangos com Açúcar’ (TVI) em Israel, Roménia e Angola, ‘Lua Vermelha’ (SIC), no México e nos Estados Unidos, e ‘Pai à Força’ (RTP), em França, são alguns dos exemplos de vendas para o estrangeiro. A produção nacional mais vendida foi a novela ‘Saber Amar’ (2003). Protagonizada por Leonor Seixas e Rodrigo Menezes, foi exportada para México, Uruguai, Chile, Equador e Peru, entre outros. Por outro lado, a série da RTP 1 ‘Voo Directo’, com Soraia Chaves, foi o produto que mais longe chegou, com vendas para Malásia, Líbano entre outros países do Médio Oriente. "É um sinal de que a ficção portuguesa é bem escrita, interpretada e produzida", afirma Patrícia Müller, autora de ‘Rosa Fogo’ (SIC), que segunda-feira estará nos EUA para saber se a sua novela é a eleita deste ano pela academia. A argumentista acredita que as novelas portuguesas "estão muito mais ao nível de uma série americana que de uma produção de estúdio latino-americana". Por isso, espera que a ficção nacional seja "cada vez mais, sinónimo de qualidade, e não só a Globo". "A Globo faz muito bem e há muitos anos mas nós, neste momento, estamos com uma qualidade de ficção espectacular", acrescenta.

A opinião é partilhada por António Barreira, que concorre com ‘Remédio Santo’ (TVI). O guionista lembra que "nem o Brasil, nem Argentina", países que "têm uma longa tradição de novelas", conseguiram o feito português de ganhar dois Emmy para Melhor Telenovela (galardão entregue desde 2008) e estar duplamente nomeado para uma terceira vitória. "Isto só prova que a ficção portuguesa está de boa saúde e que, internacionalmente, se recomenda", diz. "Em Portugal não se dá o devido valor, mas no estrangeiro faz-se o contrário atribuindo-nos os maiores prémios mundiais da indústria". António Barreira espera que as vitórias e nomeações sejam um estímulo a todos aqueles que fazem ficção em Portugal para continuarem".

Para Pedro Lopes as nomeações para os Emmy são a "prova definitiva" da "qualidade da ficção feita em Portugal". "Estamos a falar de profissionais, os nossos pares, que olharam para a nossa ficção e reconheceram a nossa capacidade com o maior prémio que existe". "Espero que esta visibilidade desperte o desejo interno de ver a nossa ficção cada vez mais presente nas feiras internacionais e que gere cada vez mais apoios à produção".

Estas nomeações são "um prémio para a indústria que mostra cada vez mais a sua força a nível internacional", afirma Helena Forjaz, directora de conteúdos da TVI. Força pela qual a estação de Queluz de Baixo se sente "muito responsável, pelo investimento que fez, ao longo dos anos". Luís Marques, da SIC, reforça o facto de ser "excelente uma segunda nomeação consecutiva" que "mostra a força que a ficção da SIC adquiriu".

Quanto à vitória na próxima segunda-feira, os responsáveis e autores ouvidos pela Correio TV só formulam um desejo: "que venha para Portugal", seja para a SIC e para a SP Televisão, com ‘Rosa Fogo’, ou para a TVI e a Plural, com ‘Remédio Santo’. Claro que, cada um torce pelo seu triunfo pessoal, mas, como fazem questão de dizer, "a nomeação já foi um grande prémio".

CM

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