Para Maria Emília Correia, que teve uma personagem central do núcleo cómico da novela de Patrícia Muller, ‘Rosa Fogo’ foi bem sucedida na SIC... E acha que a novela fez bem em abordar temas sensíveis ao público.
As gravações de Rosa Fogo (SIC) terminaram em fevereiro. O que guarda de Alzira? Uma grande alegria, porque ela era uma personagem preponderante no núcleo, não o sendo à partida. O papel até não era muito extenso, foi feito de acordo com a minha faixa etária, porque é mais fácil se sobrarmos nós do que um jovem de 20 anos. Mas depois começou a tomar fôlego. Pelos vistos, aquele núcleo que se entendia maravilhosamente bem, funcionou.
Esta novela passou algumas mensagens sobre o Alzheimer e o cancro. No caso de Alzira e do Ambrósio pode dizer-se que o sexo foi abordado na 3.ª idade? Sim, isso é mais com a autora. Mas a ideia foi referir que o amor é sempre possível seja em que idade for e é verdade que seja assim.
Mas acha importante que a ficção transmita mensagens ou tem apenas o dever de nos entreter? Acho muito importante que transmita informações que sejam úteis à população e que devem ser dadas de uma maneira o mais didática possível. Esta, de alguma maneira, embora nem sempre bem-sucedida, funcionou.
O que é que não foi bem-sucedido? Não gostaria de estar a esquartejar a própria escrita, mas há situações que se tornaram muito reais e depois deram um volte-face que era completamente ficcional, o que gera descrédito daquilo que se está a dizer. Alguns acréscimos que foram feitos a algumas personagens não me parece que tenham sido os ideais.
Rosa Fogo começou por estar a meio da tabela de audiências, mas agora está a subir desde março. Como justifica isso? Não dou muita atenção às audiências, mas é como todas as coisas que nascem. Têm a sua beleza, mas às vezes é difícil descortinar. Um bebé, um edifício... ao princípio vemos uns pedregulhos, mas depois, conforme vai sendo construído, vemos as paredes, as janelas. Se lançar um produto no mercado, se calhar vai demorar algum tempo até que se perceba que ele é bom. Isto é comércio, até que se perceba que vale a pena demorar um certo tempo. E depois o boca a boca também ajuda.
NTV
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