Concorrentes passam por um campo de treino onde testam os desafios de 'Ganha Num Minuto!' Marco Horácio garante que o objetivo principal está cumprido: os jogos têm eco em casa dos espectadores. As aulas de Educação Física dos estudantes portugueses prometem ser bastante mais animadas graças ao mais recente concurso semanal da SIC. Aos tradicionais jogos de voleibol e de futebol, aos saltos de trampolim e às cambalhotas podem agora juntar-se alguns dos mais de 50 desafios propostos por Ganha Num Minuto! Isto porque entre os concorrentes ao programa encontram-se professores que não querem deixar de transportar para as respetivas escolas o máximo possível de brincadeiras que experienciaram no programa. "Estou a pensar muito seriamente em implementar nas minhas aulas os jogos que nos pedem para fazer aqui", começou por dizer Francisco Simião à Notícias TV. Este professor de 43 anos de Moura foi um dos 60 participantes que estiveram há uma semana no Hotel Meliá Capuchos, na Costa de Caparica, onde a produção organizou um campo de treino para que os concorrentes pudessem familiarizar-se com os desafios do programa conduzido aos domingos à noite por Marco Horácio. "Há aqui partidas que requerem alguma coordenação e concentração e hoje há cada vez mais miúdos a ter menos facilidades nestes sentidos. Os alunos têm muita dificuldade em concentrar-se e talvez através de jogos simples e divertidos como estes, feitos com materiais também muito simples, possamos fazer alguma coisa para os ajudar", explicou o docente, que concorreu apenas para "superar expetativas". "Acho que consigo fazer estas coisas, mas só o provo participando. Se com isso ganhar dinheiro, ótimo", riu-se Francisco Simião. Que os desafios de Ganha Num Minuto! são bem-vindos em casa dos portugueses não é uma novidade para Marco Horácio. "Os jogos estão a saltar com muita facilidade do pequeno ecrã lá para casa porque são uma forma muito divertida e, acima de tudo, muito familiar de passar o tempo", afiança à nossa revista. O apresentador confessa que desde que o programa se estreou, há quatro semanas, que tem recebido "muitos vídeos com aquilo que os espectadores fazem". "Tenho relatos de famílias e de miúdos que pedem aos pais e vão com eles comprar as coisas para poderem realizar os jogos juntos", adiantou.
E a perda de audiências não o assusta, porque o concurso está a cumprir o seu principal objetivo. "Chegar a casa dos portugueses é aquilo que sempre quisemos. O objetivo primário é juntar as famílias e pô-las a divertirem-se com coisas simples. Simples e baratas e é isso que está a acontecer. Os jogos são educativos, desenvolvem quer a concentração quer a destreza motora de velhos e novos. São uma óptima terapia e são anticrise. O site do programa tem as descrições de todos os desafios, com as regras e os materiais necessários, para que todas as pessoas possam fazê-los em casa", alertou Marco Horácio.
Outro concorrente ao programa, José Carlos, também admitiu que só se inscreveu "pela diversão" e "pelo carácter dos jogos". "Puxam por nós não só a nível físico, mas também no que diz respeito à destreza." "Não costumo concorrer a nada, esta foi a primeira vez que o fiz e foi só por causa do género de programa", disse. "O dinheiro que se pode ganhar é agradável, principalmente se falarmos dos 20 mil euros de prémo final, mas é mais pela diversão", realçou o mediador de seguros de 38 anos.
Eles tentam... e tentam... e voltam a tentar
"É nesta altura que se aprende o que é um minuto", brincou Francisco Simião. O professor de Educação Física exibe na lapela um autocolante com o seu número de concorrente: 255. "E eu que nunca vi um alentejano mexer-se tão depressa!", responde-lhe prontamente o 716. Sentados numa das quatro salas disponibilizadas pelo hotel para que praticassem ao longo de todo o dia as provas que se propõem superar no programa, os participantes assistem e riem com a "dança" do número 256. Em causa está um dos novos desafios do Ganha Num Minuto!, no qual quatro pedómetros detetam se o jogador alcança 500 movimentos com as pernas e os braços enquanto anda, corre ou pula. "Quanto tempo falta? 30 segundos? Isso é muito...", atira o 256, enquanto os outros concorrentes lhe lançam palavras de incentivo. "Vai, boa..." ou "É só mais do mesmo", gritavam.
Para este campo de treino, a Fremantle disponibiliza cerca de vinte elementos da sua equipa, menos 50 do que os necessários para as gravações. Enquanto os participantes tentam... e tentam... e voltam a tentar a concretização dos jogos, os membros da produtora ora contam os 60 segundos que aqueles têm para ser bem-sucedidos, ora apontam os resultados em papel, ora apanham bolas de pingue-pongue, ténis e golfe espalhadas pelo chão, colocam rolos de papel higiénico em cabos de vassoura, penduram caricas em garrafas vazias ou dispõem agulhas de costura e pauzinhos chineses de forma ordeira. Tudo para que os jogadores tenham ao seu dispor as mais de 50 brincadeiras e nada seja uma surpresa quando chegar a hora da verdade.
"Todos estes jogos têm o seu grau de dificuldade e há desafios para todos os gostos e personalidades. Tanto aqui no hotel como depois, durante o programa, nota-se que eles estão a competir e que levam isto extremamente a sério", referiu Marco Horácio, que faz questão de estar presente em todos os treinos. "É sempre uma alegria e a boa disposição que aqui se vive é contagiante", adiantou o apresentador ao som da música Ai se Eu te Pego, de Michel Teló, entoada pelos concorrentes como forma de estímulo. "Olhe, olhe... está a ver?", disse, ao ouvir as gargalhadas de quem tentava, ao mesmo tempo e a todo o custo, atirar uma moeda de 20 cêntimos a uma distância de quatro metros e meio e acertar pelo menos uma delas num garrafão de água. É o jogo da Supermoeda: "Um verdadeiro tiro de sorte. Não digo que seja impossível, mas quase...", explica-nos uma das concorrentes.
"Este é mais programa do que 0 'salve-se'"
Ganha Num Minuto! "é mais programa do que o Salve-se Quem Puder", afirma o apresentador. A grande diferença entre os dois programas de entretenimento - ambos compostos por sequências de jogos - reside no facto de o conduzido pelo também ator e por Diana Chaves em 2009 não ter o elemento surpresa e competitivo. "Quem via o Salve-se Quem Puder na primeira semana já sabia como iam ser os próximos programas. Não variava muito. Vivia muito dos concorrentes que lá iam e do show of que eu e a Diana conseguíamos criar. As pessoas iam para se divertir e levar uma Horacélia ou uma Dianélia. Era um programa mais leve e mais descontraído. Já o Ganha Num Minuto! tem mais peso", diz Marco Horácio.
A envolvência nos jogos, o suspense e a emoção são, neste caso, uma mais-valia. "Há mais o espírito de vou-me desafiar e, claro, se os participantes puderem levar euros para casa, nos tempos que correm, dá sempre jeito", prosseguiu o apresentador, garantindo que "as emoções que se vivem no público que está em estúdio e nos concorrentes são genuínas. "Eles vêm para jogar e para superar as provas, para se superarem a eles próprios. Normalmente, quando as pessoas festejam é porque conseguiram o que ainda não tinham conseguido fazer até então", concluiu Marco Horácio.
NTV
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