Daniela Ruah: "Na série, formamos um grupo único e muito improvável" - Site SIC GOLD ONLINE – SIC Sempre GOLD

Home Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

20 de janeiro de 2013

Daniela Ruah: "Na série, formamos um grupo único e muito improvável"

ng2331422

De volta ao mundo do crime com a quarta temporada de 'Investigação Criminal - Los Angeles', na Fox, a atriz explica a evolução que sente na série e revela que a diversidade no elenco foi fulcral na identificação do público. Aos 29 anos, Daniela Ruah não se sente cansada da sua Kensi Blye e acredita na qualidade da série, que continua a bater recordes de audiência nos EUA.

D de determinação. D de dedicação. D de Daniela. A atriz portuguesa mais conhecida no mundo está de regresso ao pequeno ecrã português, com a quarta temporada de Investigação Criminal - Los Angeles, em exibição na Fox às quintas-feiras à noite. E desta vez, garante Daniela Ruah, Kensi Blye e os restantes agentes criminais estão de volta com a melhor temporada de todas. "É absolutamente maravilhoso estar de volta à série. Existe uma herança na qualidade do argumento e da direção, bem como na química entre os atores. Nota-se uma evolução, esta temporada vai ser mais divertida, mais cómica. A parte dramática torna-se ainda mais dramática e as cenas de ação são ainda maiores", conta a jovem de 29 anos em declarações à NTV em exclusivo para Portugal.

Ao lado de LL Cool J, Chris O'Donnell ou Eric C. Olsen, entre outros, naquele que é um dos formatos mais vistos da televisão norte-americana, exibido na CBS, Daniela Ruah explica que um dos segredos do sucesso de Investigação Criminal - Los Angeles está na diversidade de atores e nas personagens da série, o que potencia a identificação de um maior leque de espectadores. "Acredito que o esforço de criar diferentes dinâmicas entre as personagens tem sido, sem dúvida, um fortalecimento para a série porque não foi preciso forçar nada. E todas as personagens em Investigação Criminal são tão diferentes... Mesmo olhando para a equipa de atores, formamos um grupo único e muito improvável. Quem é que alguma vez imaginaria Chris O'Donnell, LL Cool J ou Linda Hunt na mesma equipa?", questiona Ruah. "É mesmo daquelas situações que não imaginamos. Por isso, acho que é fácil para o público, em casa, sentir-se conectado com cada uma das personagens. Existe sempre algum de nós com quem se identificar e essa é, sem dúvida, uma das causas mais importantes para os espectadores gostarem da série e manterem-se ligados", acrescenta a atriz, três anos e meio depois de Investigação Criminal - Los Angeles se ter estreado na televisão como spin off da série NCIS - Investigação CriminaI.

E exemplifica com o caso de Chris O'Donnell e LL Cool J, as duas maiores estrelas da série em termos de popularidade: tão diferentes e tão iguais, segundo explica a atriz. "À primeira vista, pode pensar-se que eles têm pouco em comum em termos de vidas passadas e educação. Mas estão os dois casados há muito tempo, os dois têm muitos filhos [O'Donnell tem cinco e LL quatro] e conseguem identificar-se através desse lado familiar. Riem-se muito e adoram o que fazem. Olhando para as gravações brutas da série, estão sempre a rir juntos, dá para perceber que aquilo é 100% genuíno", revela Daniela Ruah.

Nesta quarta temporada, que conta com a participação da sua mãe, Catarina Korn Broder, num dos episódios, o final já está decidido, mas o criador da série, Shane Brennan, tem mantido sigilo com os atores, curiosos para saberem como vai terminar a atual edição. "Shane escreve sempre o primeiro e o último episódio de cada temporada ao mesmo tempo. Quando começámos a gravar a terceira, lembro-me de que ele dizer que sabia como iria terminar. E nós começámos logo a perguntar: 'Como, como?' Ele apenas respondeu: 'Hummm'", conta a atriz, que já foi nomeada para o prémio de Melhor Atriz em Série de Ação nos populares Teen Choice Awards, em 2010, ano em que venceu, na SIC, o Globo de Ouro na categoria de Revelação.

Daniela explica que atualmente existe uma maior liberdade criativa na equipa que não existia no início. "Na série já não há realizador que nos diga "não faças isso por causa disto ou daquilo. Ou alguém dá uma instrução, diz "faz isto", e eu já digo "não faço porque isso não é a minha personagem". Se há alguém que me dá uma direção e eu não me sinto 100% confortável, em vez de ficar de boca calada, já discuto um bocadinho ou quero saber o porquê daquela decisão", conta.

A interpretar a mesma agente criminal desde 2009, a jovem diz que não existe espaço para a rotina nem para se sentir cansada. "Não é cansativo. Aí cabe aos escritores darem-nos coisas novas. Além disso, também não nos cansamos de ser nós próprios. Bem... se calhar as mulheres odeiam-se uma vez por mês, mas isso é o normal", ri-se Daniela. "Somos sete personagens fixas, o que faz que a atenção do enredo se vá dividindo por casa uma. Muito pelo contrário, queremos saber sempre mais em relação à história. É como na vida real, não sabemos o que vem a seguir e por isso é divertido", afirma.

A atriz, que já foi publicamente elogiada pelos colegas de Investigação Criminal - Los Angeles, explica que o facto de serem uma série que nasceu de Investigação Criminal os ajudou a chegar ao sucesso, mas que só isso não chega: é preciso inovar para manter o interesse. "Tivemos muita sorte em manter o marca NCIS, que na altura em que arrancámos [2009] já era a série mais vista da televisão, recebemos uma dose gigante de atenção por isso. Mas há que oferecer um determinado nível de qualidade. Um spin off tem de acrescentar algo novo, há que ter ali qualquer coisa que prenda, caso contrário tudo acaba por se desmoronar", revela Daniela Ruah, cuja personagem fez até uma participação especial na série Hawai Força Especial, em 2011.

Quase seis anos depois de ter atravessado o Atlântico em busca do sonho, Ruah elogia o trabalho do autor e produtor executivo da série, Shane Brennan, que já frisou numa entrevista que a considera "uma pessoa extremamente bonita, muito talentosa e uma atriz fabulosa". "Shane é o responsável por um grupo de pessoas, existe uma equipa. Mas, essencialmente, é ele quem tem a última palavra sobre todos os aspetos da série. E Shane está a fazer um trabalho fantástico na construção de boas histórias para a trama, na criação de boas personagens e relações interessantes entre elas", explica Ruah.

O resultado já se fez sentir: a quarta temporada, que se estreou em setembro nos EUA, continua a bater recordes de audiência. Se já era um dos programas mais vistos da TV norte-americana, a atual edição é vista por mais pessoas do que qualquer das três anteriores: 18 milhões por episódio. Por cá, a terceira temporada que a SIC exibiu aos fins de semana, em 2012, obteve uma média que rondou os 400 mil espectadores por episódio.

Se Investigação Criminal - Los Angeles vai regressar para uma quinta temporada, isso está no segredo dos deuses. De resto, a confirmar-se, deverá ser anunciado nos próximos meses. Mas a avaliar pelas audiências, a CBS parece ter encontrado nesta série a sua galinha dos ovos de ouro.

A menina cheia de energia que já nasceu a dizer "pontapé"

Nem papá nem mamã. A primeira palavra que disse já deixava adivinhar que o mundo iria conhecê-la como agente criminal. Reguila, teimosa, irrequieta, determinada, a mãe revela que em criança já dizia que iria ganhar um Óscar. Aos 16 anos meteu-se num comboio em segredo e agarrou o primeiro papel na TV. Hoje, aos 29, o legado surpreende, mas ainda "tem mais céu para voar".

A estrela portuguesa que brilha na série norte-americana Investigação Criminal - Los Angeles "foi tirada a ferros" da barriga da mãe, no hospital de Boston, EUA. "Durante o parto houve uma daquelas complicações típicas: a Daniela tinha o cordão umbilical à volta do pescoço. Mas acabou tudo por correr bem", conta a mãe. Mais tarde, quando começou a gatinhar, a primeira palavra que pronunciou não deixou ninguém indiferente. "Lembro-me perfeitamente. Ela não disse pai nem mãe. Disse pontapé. Falou em português porque em casa, apesar de vivermos nos EUA, falámos sempre a língua do nosso país", conta Catarina Korn.

Filha única do casamento da audiologista e do otorrinolaringologista Moisés Ruah, recebeu o nome Daniela - que em hebraico significa "Deus é meu juiz" - por uma questão prática. "Naquela altura, eu e o pai nunca sabíamos em que parte do mundo é que íamos estar a trabalhar e Daniela é de fácil pronúncia em várias línguas. Em português, em inglês, em hebraico...", explica a mãe à Notícias TV.

A menina dos seus olhos passou os primeiros cinco anos da infância na cidade de Massachusetts. Foi com essa idade que regressou a Portugal, onde ficou até se mudar para os EUA, em 2007. Desde sempre mostrou que não iria ser fácil contrariá-la. E que Hollywood estava na reta final do seu percurso de vida.

"Quando era pequena e lhe perguntavam o que queria ser quando fosse grande, dizia que queria ganhar um Óscar. A Daniela sempre se mostrou tão determinada como é agora. Aliás, uma das suas grandes qualidades é ter sabido sempre o que queria e ter lutado por isso", diz à nossa revista Madalena Alberto. Esta cantora, melhor amiga da atriz desde a infância, acompanhou-a nos momentos mais importantes da sua vida. "Eu costumava levar prospetos de escolas de representação norte-americanas para as aulas de expressão dramática da Teresa Côrte-Real. Acho que ambicionávamos as duas seguir a carreira de atriz, mas a mim faltava-me convicção. A Daniela sempre gostou muito de musicais. Lembro-me de adorar dançar o Cats quando o fizemos lá na escola", prossegue Madalena Alberto. A mãe acrescenta: "Acho que a paixão dela pela representação é uma coisa de família. Lembro-me de um dia a minha mãe estar com a minha avó na praia do Estoril e de um realizador norte-americano, que estava naquele momento em Portugal, a ver e querer levá-la com ele para Hollywood. Claro que a minha avó não deixou [risos]. Nesta família todos tínhamos tendência para o palco, mas a Daniela foi a única que levou essa vontade por diante."

Menina obediente... e rebelde

"De tudo um pouco." É assim que Madalena Alberto define Daniela Ruah. O veredicto é confirmado por Pedro Granger, que estava a "dar as deixas quando ela foi fazer o casting da Plural" para Jardins Proibidos (2000),TVI: "Ela não é o chamado dois em um. É cinco em um! É champô, é amaciador, é anticaspa... é tudo junto", diz o ator, que contracenou com Daniela naquela novela e em Dei-te Quase Tudo, também da estação de Queluz de Baixo.

O segredo do sucesso? O apoio dos pais, a rebeldia e a descontração. Nem quando estava na fase de crescimento, "altura em que era um bocado desajeitada", a pequena artista se deixou abalar. Foi o que aconteceu por volta dos 14 anos, quando a professora de ballet Ana Manjericão "mandou a Daniela para a ginástica porque ela tinha energia a mais e a dança requer muita paciência". "Ela persistiu e voltou à escola passado uns tempos", recorda a amiga. "Passávamos o tempo a ver filmes, a inventar danças, a rir", enfatiza.

E também não se deixou abalar com o divórcio dos pais, Ruah tinha 10 anos. "Por mais que o processo tenha sido resolvido de forma pacífica, era inevitável ter sido marcada por ele. Mas não tenho complexos nem traumas por causa desse episódio", sublinhou a própria numa entrevista.

Era em casa do pai que Daniela e Madalena partilharam sonhos de criança. E era aí que davam largas à imaginação mais traquina. "Passávamos muito tempo a inventar coisas. Ainda hoje nos rimos quando nos lembramos de que queríamos juntar os nossos pais e que para isso nos escondíamos no roupeiro dela sempre que a minha mãe me ia buscar lá a casa."

Catarina Korn vai mais longe nas recordações da filha. "Ela sempre foi daquelas raparigas que quando metem uma coisa na cabeça vão até onde for preciso. A Daniela não dormiu uma noite até fazer nove meses. A culpa foi minha que não tinha experiência e assim que ela chorava dava-lhe o biberão. Já mais velha decidiu que queria pintar o cabelo. Devia ter uns 13 anos. Meteu-se numa cabeleireira com a Madalena e saíram de lá as duas com a cabeça pintada de cores berrantes, convencidas de que a tinta saía com uma lavagem. Nunca se conseguiu dar-lhe a volta", ri-se a mãe.

"Às vezes o pai zangava-se por causa da cor das unhas dela e a mãe, quando ela cortou o cabelo curto, também se zangou", completa a amiga. "Acho que a Daniela nunca foi mimada ou superprotegida por ter sido filha única. Sempre teve pais que a apoiavam e queriam o melhor para ela, e isso revela-se na atitude humilde e de pés assentes na terra que ela tem", prossegue Madalena Alberto.

Em casa e fora dela a vida da atriz sempre foi marcada pela religião judaica. Os pais são praticantes, a Daniela considera-se mais tradicionalista. "Quando ela era miúda, a comunidade israelita de Lisboa (CIL) costumava juntar-se, todos os sábados à tarde, e ela andava sempre aos pulos de um lado para o outro. Nunca parava quieta. É essa a característica que mais recordo", frisa um dos membros da CIL, que prefere não ser identificado.

A mãe garante que as festas religiosas também ajudaram a cimentar a vontade de a filha seguir a carreira de atriz. "Ela adorava quando fazia peças de teatro por ocasião desta ou daquela celebração. A Daniela adorava participar", afiança.

Em termos religiosos, Madalena Alberto recorda-se de algumas diferenças nos costumes entre ambas. "Uma vez, em casa da mãe dela, questionei a razão de não se comer carne de porco, mas não me lembro da conclusão [risos]. Também me fazia confusão os dias de jejum, que a Daniela passava muito bem. Acho que foi quando fui à sinagoga pela primeira vez para assistir ao seu bat mitzvah [nome dado à cerimónia que insere uma jovem judia como membro maduro de uma comunidade] que me apercebi da diferença cultural. Para ela era uma tradição como outra qualquer e da qual se orgulha muito", lembra a cantora. "O judaísmo corre-me nas veias", disse Ruah, há cerca de ano e meio, à Notícias TV.

E se hoje Daniela é considerada uma das mulheres mais sexy do mundo pelos norte-americanos, a verdade é que quando era adolescente não suscitava grande entusiasmo nos rapazes. "Eles agora devem estar tão arrependidos", brinca Madalena Alberto. "Bem, nós também não nos interessávamos muito por eles", assegura.

"Ela tem uma lata descomunal"

A determinação não abandonou Daniela quando a TVI emitiu um anúncio a pedir raparigas entre os 14 e os 16 anos para uma das suas novelas. E até nesse momento foi acompanhada por Madalena Alberto. "Elas apanharam o comboio e foram ao casting", recorda a mãe. Pedro Granger descreve as primeiras impressões que Daniela, então com 16 anos, criou em quem estava nos estúdios da Plural. "Era o António Pedro Cerdeira [que mais tarde namorou com Daniela] que estava a dirigir o casting para os Jardins Proibidos. Ele escolhia as raparigas que achava melhores para propor a quem escolhia o elenco. Das três mil e tal miúdas, ela passou. Vera Kolodzig e Maya Both também estavam no lote", conta.

Ruah ficou com o papel de Sara e acabou por contracenar com Granger. "Quando começámos a trabalhar juntos não nos demos logo bem. Os nossos feitios chocaram porque ela tinha muita energia e era muito expansiva. Depois ficámos amigos e ríamo-nos com a expressão "lopofá", que era a nossa forma de dizer lowprofile, ou "está lá calminha".

Mais tarde, Pedro Granger foi com Daniela Ruah a Londres, Inglaterra, à ante-estreia do filme High School Musical, a convite da Disney Portugal. "Ela falou com toda a gente, com os realizadores, com os atores... Ela tem uma lata descomunal", brinca.

Marta Melro, que interpretou com Daniela Dei-te Quase Tudo e Tue Eu, também não se esquece da descontração da colega. "Ela tinha aquela imagem de nobreza, mas depois comportava-se de forma descontraída. A Ruah sempre disse com a maior descontração do mundo que que ia acabar por fazer carreira lá fora e acabar em Hollywood. Na altura muita gente ria e achava ridículo. Ninguém acreditava. Agora basta olhar para ela", afirma. "A sua característica mais marcante, mais do que ser boa atriz ou ter boa dicção em inglês, é ser estupidamente confiante. A Daniela pode dizer o maior disparate ou interpretar a maior canastrona, mas fá-lo com uma confiança que só as estrelas têm", conclui Marta Melro.

A ambição internacional de Daniela Ruah começou a tomar forma quando, em 2007, se mudou para Nova Iorque para estudar representação no The Lee Strasberg Theatre and Film Institute. Dois anos mais tarde, entrava no elenco fixo de Investigação Criminal - Los Angeles, ao lado de Linda Hunt, LL Cool J, Eric Christian Olsen e Chris O'Donnell. "Ela ligou-me através de Skype. Eu tinha acabado de chegar de Los Angeles e estava de regresso a Londres, ela tinha chegado à mesma cidade vinda de Nova Iorque. Contou-me que tinha filmado para o George Lucas em Itália [o filme Red Tails] e fora escolhida para uma série. Fiquei muito feliz por ela, era o que ela sempre quis fazer! E fiquei muito admirada por me ter agradecido a mim... Mencionou os prospetos das escolas americanas e a inspiração que lhe tinha dado nas nossas brincadeiras. Não vou mentir, a ela também devo muito", confessa Madalena Alberto.

E termina: "Ela sempre acreditou nas capacidades que tinha. Eu lembro-me de na adolescência ela gostar muito de Ricky Martin e de Jim Carey. E houve uma altura em que tinha um póster na parede do quarto de um filme com o Chris O'Donnell. Agora trabalha com ele todos os dias. E ainda tem mais céu para voar", remata a amiga.

Notícias TV

Sem comentários:

Enviar um comentário

Agradecemos o seu comentário! Bem-haja!

ATENÇÃO: ESTE É UM ESPAÇO PÚBLICO E MODERADO. Não forneça os seus dados pessoais (como telefone ou morada) nem utilize linguagem imprópria.

Deixe um comentário na caixa do facebook!

Post Bottom Ad

Páginas