Sofia Cerveira acertou as contas com o passado assim que aceitou vestir a pele de Babi em 'Dancin'Days'. Aos 37 anos, estreou-se como atriz, 20 anos depois de ter preferido Comunicação Social a representação. Agora, garante que a sua personagem é "mais rica" do que a original. A apresentadora da SIC descobriu que "o mundo de Sofia tem várias vozes". A mais recente é a de atriz e há anos que estava silenciada. Encarnar Bárbara Andrade, Babi, em Dancin'Days fez brilhar no rosto exclusivo de Carnaxide o sorriso e aumentar o volume ao desejo antigo de estar em palco, mas na pele de outrem. "Quando terminei o 12.º ano, teria 17 anos, tive a dúvida se seguiria Teatro ou Comunicação Social", recorda. Na altura, há 20 anos, Sofia Cerveira foi aconselhada a seguir as artes dos espetáculos, mas ignorou. "Quando era miúda, participei no programa da RTP Pátio da Fama, apresentado por Diogo Infante. Fiz a personagem de uma rainha francesa numa cena do Leão da Estrela e lembro-me que Maria Elisa [Domingues] era jurada, tal como Ana Burstoff e Carmen Dolores. Na altura, ela perguntou-me o que queria seguir profissionalmente. Disse-lhe que estava indecisa entre representação e Comunicação Social", recorda Sofia Cerveira. Um impasse por que também Maria Elisa confessaria em direto ter passado. Por isso, aconselhou a jovem candidata a não lhe seguir o exemplo. "Acho que tem tudo para escolher representação", recomendou o rosto da RTP. "Acabei por seguir Comunicação Social por ser um curso muito abrangente, com disciplinas de que gostava", lembra o rosto exclusivo da SIC. E se a profissão a encaminhou no sentido da apresentação de programas - primeiro na RTP, depois na SIC Notícias e na SIC -, também nunca a afastou verdadeiramente do mundo do faz-de-conta. Na verdade, Sofia Cerveira trabalhou sempre muito perto da ficção da Globo e do quotidiano dos artistas e dos atores que brilhavam no pequeno ecrã. Agora chegou a vez dela, realizando um sonho com duas décadas. "Ser atriz já era uma vontade antiga, mas que de certa forma adiei. Agora, esta vontade foi tomando conta de mim, foi sendo alimentada e libertou-se", sintetiza. Por estar a cumprir um desígnio antigo, Sofia Cerveira diz ser hoje "uma mulher mais livre, no sentido de estar realizada". E especifica: "Quando uma pessoa tem qualquer coisa cá dentro e consegue libertar-se, fica mais feliz."
Para ver o resto da entrevista, clique em Ler Mais!
MESES DE PREPARAÇÃO
"A partir do momento em que percebi que podia surgir esta oportunidade [em Dancin'Days], fui para o Brasil nos últimos três meses de 2011 e fui trabalhar com uma coatch particular da Globo, Paloma Riani", justifica a atual Babi da novela da SIC. Aulas de voz, corpo e movimento... "Foi uma experiência muito valiosa, uma aprendizagem constante. Tomei contacto com uma arte que conheço há 15 anos. Estive nos bastidores das novelas, agora estou do outro lado", diz entre risos. Para encarnar Babi, Sofia Cerveira passou também pelo crivo da profissional brasileira que treinou os atores de Dancin'Days e que já o tinha feito com Laços de Sangue, Laís Corrêa. Aliás, aulas que fizeram que, entre outros aspetos, a recém-atriz combatesse a timidez de contracenar com atores como Albano Jerónimo ou Alexandre de Sousa. "O trabalho com a Laís ajudou-me a não me sentir intimidada, trabalhámos bastante isso. Mas é ótimo poder observá-los e aprender com eles. Quando posso, fico em estúdio mais um tempo a assistir e a absorver tudo", revela a apresentadora do magazine das tardes de sábado da SIC ‘E-especial’. O rosto exclusivo não é de pedir conselhos, mas "aceita" o que lhe dizem. O dia em que gravou a primeira cena na pele de Babi está-lhe na memória. "Quis ir mais cedo para o décor para poder familiarizar-me, assisti a várias cenas antes da minha e, quando fui gravar, entrei no ritmo e percebi que primeiro se passa o texto, depois são feitas as marcações e, de seguida, em dois segundos, já estás a interpretar, a contracenar e já está. Quando acabou queria mais, a sensação foi a de que a primeira cena foi muito rápida", conta. Agora vai sendo mais simples dar corpo a uma mulher "de 40 anos, que tem uma filha e é divorciada". Sofia Cerveira protege a sua Babi como ninguém e defende que "a sua personagem não é de todo fútil". E prossegue: "Pode ser algo superficial, mas é uma mulher independente em tudo, seja ao nível de cabeça seja no trabalho, e gosta do mistério que a Raquel [Soraia Chaves] lhe traz." Tratando-se do remake da segunda novela mais vista de sempre da Globo, Sofia Cerveira não duvida de que a sua Babi é "mais rica" do que a que Gilberto Braga escreveu, em 1978 [Babi, interpretada por Mira Palheta]. Justifica depois: "A personagem existia no original, mas neste remake ganha vida própria. Todas as personagens têm percursos interessantes, a versão portuguesa tem novos núcleos, está mais adaptada à nossa realidade. Esta versão é diferente da brasileira e a meu ver muito mais rica. A própria Babi é muito mais interessante e rica..."
O APOIO DO NAMORADO
Apesar de André Sampaio, companheiro da apresentadora e atriz há três anos, estar no Brasil, isso alicia Sofia Cerveira a cruzar o Atlântico, mas não a faz tirar os pés da terra para já. "Gosto de pensar no presente, estou completamente envolvida neste trabalho, estou bem aqui em Lisboa, na SP, a contrato. Estou entregue a 100% a este projeto. Jamais largaria isto para ir para o Brasil de repente, como fiz em 2005. Mas nessa altura estava numa fase diferente da minha vida", recorda. Agora, o presente é em Portugal, mas sempre sob o olhar atento do namorado: "Ele apoiou-me desde o primeiro instante. Portanto, está super feliz por mim."
NTV
Sem comentários:
Enviar um comentário
Agradecemos o seu comentário! Bem-haja!