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17 de junho de 2013

EM DESTAQUE: Rita Ferro Rodrigues-"Sinto-me capaz de fazer qualquer programa"


Ontem domingo, Rita Ferro Rodrigues volta à antena da SIC no programa "Portugal em Festa". De terra em terra, promete pular, dançar e até cantar. Tudo para levar alegria e esperança aos portugueses. A dois dias da estreia, a estrela da SIC viaja com a Notícias TV até aos dias de infância, às origens e conquistas na TV. Aos 37 anos, Rita diz que vence porque é feliz.
Já tem a mala pronta?
Sim, já. Nesta fase, antes do dia de estreia do programa, estou dividida entre sentimentos de alegria e ansiedade. Sinto ansiedade sobretudo porque vou ter de me separar dos miúdos.
Vai levar algum santo padroeiro para a proteger? No programa Portugal em Festa, que se estreia este domingo na SIC, vai ter de dar provas que sabe tanto de compotas como de tapeçaria e gastronomia...
Por acaso vou levar um [risos]. Vou levar o Santo António, que me acompanha sempre.
Sempre?
Sim, é uma espécie de amuleto. Quando o meu avô morreu, descobri na carteira dele uma fotografia minha na qual eu estava abraçada a um Santo António. É um santo que eu adoro.
Nos próximos três meses, juntamente com José Figueiras, vai percorrer o país, saltitar de festa em festa. Como encara esta "viagem" que lhe foi apresentada pela SIC?
Já trabalho em televisão há muitos anos, sei o que nos espera e nós não estamos à espera de ganhar as audiências.
Não?
É claro que esse é o objetivo, mas não é uma obsessão neste programa. A "missão" aqui é levar a SIC para perto das pessoas. O contacto com o público é muitíssimo importante.
Estava na altura de a SIC voltar a sair rua? A última vez que Carnaxide o fez foi há quatro anos, quando, em 2009, exibiu o programa SIC ao Vivo.
Sim, sim. Nós precisamos muito de sair à rua. De uma certa forma, precisamos de chegar mais às pessoas, e estes programas fazem muito mais do que aquilo que se vê num determinado momento. Entende o que quero dizer?
Acredita que os melhores frutos que a SIC vai colher ao fazer esta aposta só vão chegar no futuro...
Sim. Por exemplo, o José Figueiras é um caso sério de popularidade e este tipo de programas são bons para perceber de quem é que as pessoas gostam realmente... E também são muito bons para a autoestima dos próprios apresentadores.
Porque é na rua que os comunicadores recebem elogios e beijinhos...
Nós somos bichos que precisamos de mimos, Todos os apresentadores precisam de mimos.
E a Rita também?
Claro!
Temos uma apresentadora de televisão com baixa autoestima?
Não, não tenho. O que digo é que profissionalmente todos precisamos da sensação de que somos próximos das pessoas e de as ver tratarem-nos como família. Eu, por exemplo, sinto que as pessoas olham para mim com uma proximidade muito grande... e julgo que isso acontece porque entro há muito tempo em casa delas.
"O "Portugal em festa" não é baralhar e dar de novo aquilo que já dá a TVI"
O que podem os portugueses esperar do programa Portugal em Festa?
O programa vai ser muito animado. [A conversa é interrompida por duas transeuntes que felicitam Rita Ferro Rodrigues e assumem ser suas fãs]. O formato vai ser muito animado e light. Terá muita música, humor, jogos e as conversas que eventualmente existirem vão ser muito animadas. Não há pretensões de maçar ninguém... Vamos ter humoristas a atuar, nomeadamente o Fernando Rocha, que será uma presença constante.
O que pode revelar quanto à dinâmica dos jogos?
Os jogos que vamos fazer vão ser para o público que está em casa, mas também para todos aqueles que estiverem a assistir ao vivo ao programa. Vamos ter prémios, e grandes! A televisão faz-se disto neste momento e as pessoas gostam.
Vão oferecer prémios em dinheiro durante a emissão em direto? Qual será o valor mais alto?
Não posso dizer qual é o valor do prémio maior porque é uma surpresa. Mas posso garantir que, todas as semanas, vamos dar muita felicidade a alguém lá em casa [risos]! Para além desse prémio grande, vamos também ter muitos outros. Eu própria vou oferecer exemplares do livro que escrevi Deve Ser isto o Amor. Nós, as caras SIC que vão passar pelo programa, tivemos a ideia de cada um de nós levar um presente para oferecer a um espectador.
Portugal em Festa não é baralhar e dar de novo aquilo que já dá a TVI, também aos domingos à tarde no programa Somos Portugal?
Eu acho que não. Vamos esperar e ver qual será o resultado quando o programa estiver no ar. Mas tudo isto não é necessariamente mau. No meu entender, quando um programa da concorrência funciona e alguém decide fazer-lhe marcação, isso é a melhor das homenagens que pode ser feita. É um sinal de que a concorrência está atenta e a reagir.
Não poderá, antes, ser encarado como falta de originalidade ou um sinal de que a SIC teve medo de arriscar? Carnaxide escolheu estrear um formato que se assemelha ao Somos Portugal e até ao SIC Ao Vivo...
Muito pouca coisa se inventa em televisão. A SIC não tem dificuldade em criar formatos novos e a prova disso é que basta olhar para a nossa antena. Os programas Splash! Celebridades e Vale Tudo são completamente novos... Não podem acusar a SIC de andar a copiar formatos ou sequer de repetir formatos. Nós não fazemos isso. Quando achamos que uma fórmula pode funcionar e que, neste caso, passa por nos aproximar do público por que razão não devemos fazer o programa e marcação cerrada ao nosso adversário?
Recusa a ideia de que Portugal em Festa é uma cópia de Somos Portugal?
Gosto de deixar isso para as pessoas. Percebo essa crítica, mas acho que temos de esperar que o programa se estreie.
Vai conduzir o programa juntamente com o apresentador José Figueiras, que soma larga experiência na emissão de programas ao vivo e contacto com o público. Sente-se em desvantagem?
Não, não sinto. Ele foi muito bem escolhido. Apesar de o José [Figueiras] ter 40 anos e eu 37, há pessoas que nos veem como se fôssemos os seus netos. Somos malandros, doces e queridos e sabemos manter a nossa personalidade. Estou muito contente por ir trabalhar com ele.
Acha que vão ter "química" e sintonia quando estiverem à frente das câmaras?
Sim! Tenho a certeza absoluta de que vamos ter química!
Porque tem essa segurança?
Eu e ele divertimo-nos muito na vida. Estou sempre a rir com ele, quero é que isso também se veja em televisão. Às vezes a televisão impõe-nos respeito, mas eu vou fazer-lhe tantas malandrices e brincar tanto com ele...
Se pudesse escolhia outro apresentador para ter ao seu lado?
Não, não. O José é muito generalista e tem popularidade.
É casada com Rúben Vieira, que é um dos assistentes de realização do programa Somos Portugal, da TVI. Pediu-lhe dicas?
Sim, ele trabalha na concorrência [risos]! Mas não conversámos nada. O Rúben só soube que eu ia apresentar o programa porque um colega dele lhe contou. Só recentemente, quando tivemos de organizar a nossa vida por causa dos nossos filhos é que falámos do assunto. Eu e ele temos muitos temas de conversa sem ser televisão. E quando há canais diferentes em questão temos de ter alguma atenção para não existirem problemas e não acharem que trocamos informação. Até porque não trocamos mesmo! Estou certa de que o Rúben quando ligar a televisão e me vir vai questionar-se se está, de facto, a ver a sua mulher [gargalhadas]!
Vai visitar cidades e aldeias, ouvir e estar com o público. Sente que ter sido jornalista no passado a vai ajudar a conduzir Portugal em Festa?
Sempre, ter sido jornalista é a minha maior vantagem. Mas desta vez a reportagem e entrevista são géneros que eu não vou explorar tanto neste programa. Neste programa vamos, diria, explorar a parvoíce [risos]! E vou explorar o meu lado de mãe.
Como?
Sim, o meu lado de mãe vai estar todo neste programa. Eu acredito que a forma como brincamos com os nossos filhos diz muito da pessoa que somos e da forma como comunicamos. É claro que não vou tratar o público como meu filho, mas gostava de ter essa descontração e sentir essa intimidade.
Pretende, portanto, inspirar-se nos seus dois filhos [Leonor, de 10 anos, no Eduardo, de 2], e no filho do Rúben para dar conta do recado...
Sim, vou fazê-lo para estar muito bem-disposta e feliz. Faço programas muito sérios e este permite sermos miúdos.
Enquanto comunicadora e apresentadora de televisão porque acha que este tipo de formatos como Portugal em Festa e Somos Portugal atrai o público?
Estabelecem cumplicidade com as pessoas e oferecem uma oportunidade para o público rir, distrair-se e não pensar nos problemas brutais que tem e, por isso, são programas de sucesso.
E quanto a si? O que a motiva profissionalmente neste desafio?
Estes programas são mais imediatos do ponto de vista da comunicação, mas são mais físicos e eu gosto muito disso. Há programas que já fiz em estúdio, como foi o caso de Até à Verdade, e que são mais profundos do ponto de vista do conteúdo, mas não permitem tanta proximidade. Refiro-me aos abraços e aos beijinhos e eu gosto disso... Eu quero levar alegria e esperança aos portugueses.
"Alinho em todas as brincadeiras. Em Figuras ridículas? Não"
Segundo dados do medidor de audiências GfK referentes às emissões deste ano, o Somos Portugal obteve uma média de 981 mil e 200 espetadores. Já espreitou o programa da TVI? Qual é a sua opinião?
O programa da TVI é bem feito e por isso é que tem os resultados que tem. A antena da TVI presta-se muito a este tipo de formatos. O Somos Portugal não é um programa pretensioso e é bem feito do ponto de vista da produção. Estão de parabéns! Mas o nosso vai ser muito melhor [risos]!
Preocupa-se com as audiências?
Claro que sim. Neste programa, como eu já disse, as audiências não são a minha maior preocupação. É claro que me preocupo com isso, mas há outros fatores...
Refere-se a...
Este programa tem de ser bem feito, ter marca da SIC, fazer rir, ser ligeiro e tem de cumprir objetivos a nível de jogos. Mas sobretudo tem de divertir as pessoas e criar uma cumplicidade grande junto de quem nos está a ver. As pessoas têm de sentir que se estiverem em casa vão ligar a televisão para ir ao encontro da família SIC.
Empenhados em fazer chegar para lá da "caixinha mágica" uma mensagem e imagens de festa, os apresentadores de televisão pulam, dançam, empanturram-se de doces. Vai alinhar em todas as brincadeiras?
Claro! Adoro dançar e pular. Aliás, poder conduzir este programa vai ser bom para mim porque estou a precisar de fazer ginástica [risos]! Vamos estar ali durante seis horas de emissão sempre a bombar...
E alinhará em fazer "figuras ridículas" ou ditas menos convencionais?
Alinho em todas as brincadeiras de bom gosto. Sou uma mulher de bom gosto. Em figuras ridículas? Não, não alinho. Vou alinhar em todas as coisas que façam rir os portugueses. Aliás, nós temos uma grande surpresa! Mas, sim, as pessoas vão ver-me a fazer coisas que nunca me viram a fazer na vida.
Como por exemplo?
Vou cantar [gargalhadas]!
Vamos ouvi-la a cantar temas de música portuguesa?
Sim, será música portuguesa, mas não posso revelar mais nada porque já estou a falar muito [risos]! Nós, apresentadores, vamos encarnar muitas personagens e isso vai ser muito divertido. Nós vamos brincar muito. É bom que as pessoas saibam desconstruir-se, mas não é preciso ser ridículo para nos desconstruirmos. É preciso, sim, sermos nós próprios e encontrarmos um fundo de verdade. Eu sou muita palhaça em casa, junto da minha família e amigos e, por isso, essa é uma característica que faz parte do meu ADN. Não me custa absolutamente nada fazer teatrices. Adoro!
Os portugueses já viram, por exemplo, Júlia Pinheiro a rebolar ou sentada no chão à frente das câmaras. Também Manuel Luís Goucha ou a Cristina Ferreira já protagonizaram momentos surpreendentes para o público. Acha que temos apresentadores de televisão que se prestam a tudo ou quase tudo para ter mais audiência?
Não. Os bons apresentadores, não. Está a falar só de gente que é muita boa no que faz. Porque não podem cair no palco? É claro que podem!
Têm carreiras sólidas, provas dadas de talento e profissionalismo e, por isso, essas atitudes são-lhes válidas...
Eles são assim. Estão a fazer aquilo que lhes apetece. Não há ali teatro. Na minha opinião, um apresentador muito bom sobrevive a um formato péssimo. É aí que se vê quem são os grandes apresentadores. Eles são pessoas que podem fazer qualquer programa e a personalidade deles mantém-se intacta.
Vale tudo para ter mais audiências?
Não, não vale. [Um casal português aproxima-se e pede um autógrafo a Rita Ferro Rodrigues para o filho. Pede-lhe ainda para tirar uma fotografia ao lado de amigos franceses que, pela primeira vez, estão em Alfama].
O que não se imagina fazer à frente de uma câmara de televisão?
Não aceitaria defender ideias nas quais não acredito. Nunca fiz isso. Se me pedissem para dizer que sou contra o casamento homossexual, seria algo que não faria.
Promete entregar-se de "corpo e alma" e dar tudo de si a Portugal em Festa. Espera que a SIC lhe dê uma recompensa? Espera que Carnaxide lhe ofereça um programa, quiçá, no day time?
Não, não espero qualquer recompensa. Espero que a SIC faça apenas uma análise justa do meu trabalho. Eu só quero isso, uma análise justa.
Nem queremos que o faça...
É claro que adorava voltar a trabalhar todos os dias em setembro fosse em que programa ou horário fosse. Eu gosto muito de trabalhar, não sou nada a apresentadora que fica feliz por pertencer aos quadros e fica à espera que um programa lhe "caia em cima da cabeça". Não sou assim.
Vai estar longe da família e de casa. Não fez nenhuma contraproposta à SIC?
Tenho uma relação leal e bonita com a SIC. Estou na estação há 12 anos, enquanto me sentir amada como me sinto... Eu sou dos quadros da empresa... Enquanto sentir que a SIC aprecia o meu trabalho e que me ouve... Não me movo por dinheiro. O dinheiro é importante mas não é, de facto, a minha motivação.
"Sinto-me capaz de apresentar qualquer programa"
Em Carnaxide construiu um percurso multifacetado. Soma experiência na área da informação, entretenimento e infotainment. Sente-se, hoje, capaz de apresentar qualquer programa em televisão?
Sem falsas modéstias? Sim, sinto-me. Sinto que neste momento já sou capaz de apresentar qualquer programa. Já me deram provas muito duras na SIC...
Uma dessas grandes provas foi...
Foi conduzir o programa Até à Verdade, foi muito difícil de fazer. Achava que não era capaz e julgo que acabei por o desengomar muito bem. O day time é um descascador de almas, como diz o meu amigo e colega Francisco Menezes. É duríssimo e dá-nos endurance. Pode parecer politicamente incorreto aquilo que vou dizer, mas para mim os grandes apresentadores têm de passar pelo day time.
É onde se sente melhor e onde gosta mais de estar?
Sim, claro que sim. Já fiz programas emitidos nas manhãs e tardes na SIC.
Sente-se valorizada na SIC?
Sim, sinto. Sinto que a minha opinião é respeitada, que os gabinetes de comunicação estão abertos para me receber... E sinto que não tive mais trabalho nos últimos meses porque houve muito pouco trabalho. As estações tiveram também elas de se adaptar à crise e também nós temos de ter alguma solidariedade com as empresas onde estamos a trabalhar. Não há razão para pensar "não gostam de mim". Nada disso. Eu tenho consciência da empresa onde estou e não é fácil dar trabalho a todos os apresentadores. Mesmo assim acho que tem havido um esforço muito válido de ter as pessoas a trabalhar seja na SIC Mulher ou na SIC. Eu não me sinto desvalorizada na SIC, antes pelo contrário.
E em que fase se encontra a SIC: está a acelerar a produção audiovisual ou a precisar de óleo na engrenagem?
Bom, só posso falar quanto ao meu programa... Acho que a SIC está numa fase muito boa. Estamos a conseguir resultados muito bons no horário nobre, já não é um happening. Estamos a conseguir ganhar a confiança do público. As televisões acompanham o país. [Uma nova mulher, desta vez residente em Alfama, interrompe a entrevista e elogia a simpatia e a beleza de Rita Ferro Rodrigues. Despede-se desejando-lhe saúde e felicidades].
Se durante um direto de Portugal em Festa provar um daqueles bolos regionais e não gostar, vai ser genuína?
Ai sim, e digo logo que não gostei! Não vale a pena fingir, as pessoas percebem na nossa cara. Mas eu tenho uma ótima boca, é difícil eu não gostar de comida. Eu gosto tanto, tanto de comer. A única coisa de que não gosto é de gengibre.
Vai correr o risco de ouvir o pasteleiro dizer "não gosto da Rita Ferro Rodrigues"!
Não necessariamente. Se as coisas forem feitas com honestidade e alguma graça, ninguém nos leva a mal. Até porque não há ninguém no mundo que goste de tudo na vida, pois não? Posso, por exemplo, perguntar a esse pasteleiro se o bolo tem gengibre. Se tiver esse ingrediente, então, peço-lhe desculpas e não provo.
Como lida atualmente com a crítica?
Não tenho uma grande carapaça para ficar indiferente à crítica. A nível pessoal já me estou a borrifar para aquilo que as pessoas pensam. Quando se atinge os 30 anos, tem-se uma segurança em tudo! Mas profissionalmente ainda fico triste quando considero que uma crítica é injusta.
Como explica o seu êxito e longevidade na TV?
Para resistir tanto tempo nesta profissão tem de haver verdade. Tive também a oportunidade de fazer muitas coisas diferentes e isso fez que as pessoas nunca se cansassem muito de me ver. Viram-me no registo da informação, nas entrevistas da SIC Mulher, faço muito infotainment.
O que tem de especial Rita Ferro Rodrigues enquanto comunicadora?
Isso é uma pergunta difícil! Quer saber porque é que as pessoas gostam de mim? [Pausa] Acho que sou simpática, verdadeira e também feliz, e isso passa para o público.
Iniciou a sua carreira profissional aos 16 anos, apresentando o jornal televisivo para criançasCaderno Diário na RTP 2. Tem a carreira que sonhou?
Nunca sonhei com carreira nenhuma. Vou tendo uma vida feliz, mas não vejo as coisas assim dessa forma... A palavra carreira faz-me pensar no cantor Tony Carreira ou no autocarro número 22 [gargalhadas] Nunca sonhei, mas posso dizer que tudo isto foi muito melhor do que alguma vez pensei.
Deu recentemente mais um passo no seu percurso profissional e assinou o livro Deve Ser isto o Amor. Deseja voltar a escrever um novo livro?
Eu sempre escrevi desde miúda, mas escrevia apenas para mim e para os meus. Este livro aparece porque eu e o meu avô Eduardo tínhamos o sonho de escrever um livro juntos. Ele já não está entre nós e por isso quis fazer uma homenagem e concretizei o nosso sonho. Ainda só sou capaz de escrever sobre mim e sobre aquilo que vivo, quero dar o próximo passo e ser capaz de ficcionar. É um exercício muito mais difícil, exige sair de mim.
O que a estimula no exercício da escrita?
Escrever faz-me muito bem e é uma forma de não darmos importância demasiada à televisão. Ter outras coisas que me preenchem e fazem sentir feliz e útil.
"Estou mais crescida, mas ainda tenho essência de criança"
Nasceu a 16 de outubro de 1976, em Lisboa. Que memórias guarda ainda da sua infância?
Fui uma criança tão feliz... Fui muito amada em criança pelos meus pais, irmãos e avôs e isso percebo, nos dias de hoje, que é o maior privilégio que se pode ter na vida. É por isso que quando vejo crianças serem criadas aos pontapés... me custa. Aliás, admiro imenso as crianças que foram educadas dessa forma e vencem na vida. Sei hoje que ser amada em criança foi determinante na minha vida.
Como era em criança?
Era muito malandra, uma pulga elétrica! Mas, segundo a minha mãe, era uma menina que, para lá desse lado enérgico, era muito terna e doce.
O que há ainda em si dessa criança?
Sinceramente? Não mudei muito. Estou mais crescida, mas ainda tenho a essência de criança. Aliás, vão todos ver isso no Portugal em Festa porque vou ser uma pulga elétrica.
Sonhou, desde tenra idade, ser jornalista?
Sim, sonhei. Mas na verdade também sonhava ser atriz e apresentadora. Acima de tudo, eu queria era falar. Tinha um enorme desejo de comunicar e de conhecer pessoas. Sempre gostei de palco.
Consegue identificar características que herdou do seu pai, Eduardo Ferro Rodrigues, e da sua mãe?
No que toca ao feitio sou, e não há dúvidas, mais parecida com a minha mãe. A minha mãe é o pilar da nossa família. Sim, é ela quem manda lá em casa [risos]. Ela é doce, é uma mulher superdivertida e tem uma característica que admiro imenso, ela procura criar "pontes" entre as pessoas. Já o meu pai é um homem mais introvertido e do ponto de vista do caráter é irritantemente inatacável. Eu e os meus irmãos fomos ensinados a não mentir, a não ficar a dever dinheiro a ninguém. O meu pai ensinou-nos que um amigo é um amigo. Não é bom nem mau, senão não seria um amigo.
E a Rita, como se define enquanto mãe?
Sou horrivelmente mãe babada. Não me ponha aqui a falar deles porque nunca mais paramos [risos].
Vai viajar e apresentar o programa de coração apertado?
Não, os meus filhos estão muito bem. A minha filha Leonor vai fazer 11 anos, brincamos imenso juntas. Ela agora está numa fase em que passa a vida a dizer-me: "Mãe, és tão maluca!" Quer tomar conta de mim. O Eduardo está numa fase em que tem vários amigos imaginários e eu dou-lhe imensa trela, acho lindíssimo.
Vai levar os seus filhos consigo para as terras, durante estes meses de trabalho?
Eles vão ficar com a nossa família, e a Leonor vai ficar mais com o pai. O que me angústia é que vou deixar de poder fazer coisas com eles ao fim de semana. Vou tentar compensá-los e fazer esses passeios durante a semana. Mas, enfim, eles os três têm avôs fantásticos e a vida com os avôs é sempre ótima.
É uma mulher de sucesso, diz-se feliz no amor. Tem algum sonho especial por cumprir? Qual?
Não, um sonho não. Ando, sim, com "muita fome" de voltar a viajar. Uma das coisas que a crise me tirou a mim, e a muitos portugueses, foi ter a possibilidade de viajar. Lá em casa as viagens acabaram. Não há dinheiro para tudo. Não tenho um sonho para uma vida, mas se pudesse adorava continuar a minha descoberta do mundo. De há três anos para cá esse hábito de viajar foi interrompido por culpa da troika.
Teme o futuro?
Também eu tenho medo. As pessoas têm e eu também. Tem-se medo do dia de amanhã, tenho, sobretudo, medo de não ter capacidade de pagar as minhas contas, sempre fui muito independente. Gostava de poder retomar as minhas viagens para conhecer novos países e culturas. Faz-nos bem. A todos.
Na última grande entrevista que deu à Notícias TV encontrava-se grávida do seu filho Eduardo e expressou, durante a conversa, que tinha o sonho de aprender a dança de salão com o seu marido, Rúben Vieira. Já o realizou?
Não, ainda não! [risos] ele dança tão bem. Mas eu e o Rúben estamos sempre a falar nisso, sempre! Neste momento, mal tenho tempo para o ver quanto mais para dançar. Mas tenho a certeza de que a nossa velhice vai ser encantadora. Se conseguirmos arranjar dinheiro, vamos comprar uma autocaravana e viajar pela Europa toda, e aí, sim, vamos acertar as contas com a dança [risos].



























NTV


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