Fomos aos bastidores do "Sextas Mágicas" e falámos com a anfitriã. Com a boa disposição e a frontalidade que a caracterizam, Júlia Pinheiro falou da crise, da angústia de alguns dos convidados e ainda da concorrência, que apelidou de porta-aviões!
A ideia é “começar o fim de semana mais cedo” e nada melhor do que fazê-lo com mais música, mais reportagens e mais prémios! É isto que lhe trazem as "Sextas Mágicas" do "Querida Júlia", na SIC.
São cerca de seis horas em direto, com toda a energia de Júlia Pinheiro. Apesar de conduzir o programa sozinha, a apresentadora e diretora de Conteúdos está rodeada da sua equipa, que não a deixa ficar “sem chão”. “Não estou sozinha, tenho a Iva [Lamarão], que me acompanha o dia todo, a Ana Marques e o Cláudio Ramos... E não tenho esse tipo de angústias, antes pelo contrário, acho que nunca me senti sozinha em lado nenhum. Tenho muita gente à minha volta, está aqui sempre muita gente para me socorrer!”
O dia começa cedo e acaba tarde. Apesar do programa só ir para o ar por volta das 10.15 H, há muito a fazer antes disso. Há a reunião do dia, a maquilhagem e os retoques na imagem. “Este dia começa às 7.30 H. É puxado, é duro, mas há uma coisa que facilita muito: ter uma equipa maravilhosa.”
E parece que o faz “com uma perna às costas”, “porque é uma disciplina absolutamente militar. Está tudo rotinizado e muito agilizado. Todos sabem muito bem o seu papel, portanto, acaba por ser muito agradável e leva-se muito bem até às sete da tarde”. No entanto, confessa: “Há ali uma fase à tarde, entre as 16.30 H e as 17.00 H, um bocadinho mais dura, que é quando o almoço já assentou, mas leva-se muito bem. Gosto muito de fazer, gosto muito da festa! São mais horas para gritar e falar alto!”
O "Sextas Mágicas" começou como uma lógica de evento. Seriam somente quatro emissões. “Como não correram nada mal, e até correram muito bem, decidimos fazer mais. Temos de abrir a antena ao contacto com o público. É esse o nosso objetivo.” E explica: “Normalmente, os programas têm formatação igual de segunda a sexta-feira, mas achámos que à sexta-feira devíamos fazer um evento especial que marcasse a antena, a tal ideia de termos o fim de semana a começar mais cedo. O objetivo é o mesmo de sempre, aquele que tem sido a nossa estratégia, que tem a ver com a proximidade com os espectadores: criar uma certa dinâmica de festa e de alegria na antena. Proporcionar um bom prémio também, mas sobretudo esta formatação que nos leva a um dia especial. As pessoas estão a precisar muito de dias especiais.”
E de prémios também, mas não querem carros. Querem montantes. “Querem uma ajuda concreta em dinheiro. Não jogam em nada porque não sabem fazê-lo ou não estão interessadas, mas ligar do telefone, ligam, não é complicado. Vão tentando e os resultados são muito bons. Há pessoas que nunca na vida ganharam nada e têm ganho prémios bastante substanciais”, conta.
Até porque a crise também chega aos estúdios do "Querida Júlia – Sextas Mágicas". “Há pessoas que aparecem aqui, que nos mandam e-mails e mensagens num desespero... Não se pode desvalorizar! Somos uma primeira linha de contacto com o público. É um balcão de reclamações a todos os níveis, um eco... um depósito de ansiedades, dificuldades e angústias. Na medida do possível vamos tentando solucionar – porque somos um órgão de comunicação e pressionámos as entidades que eventualmente possam estar a dificultar alguma coisa – ou resolver a vida das pessoas. Aparece aqui muita coisa todos os dias. Aqui e nos outros programas, com certeza!”
E quanto às audiências? “Ainda não são estrondosas, ainda não têm a magia que eu gostava, mas existem bons sinais. Há sextas em que parece que a manhã fica mais reforçada, há outras em que é a tarde. A concorrência é muito forte na TVI, muito bem implantada, a todos os níveis. No fundo, estamos a tentar criar receitas alternativas para conseguir dar uns tiros naquele porta-aviões”, remata.
“É preciso trabalhar, trabalha-se!”
Com a condução do "Querida Júlia", todas as manhãs, do especial "Sextas Mágicas", que lhe ocupa o dia todo, e ainda com a apresentação do "Splash! Celebridades", no prime-time de domingo, Júlia Pinheiro fica apenas com os sábados para descansar. “É quando não há ensaios do Splash!, ao sábado.” Porém, não se queixa, muito pelo contrário: “Costumo encarar isto como campanhas. Fazemos o que é preciso fazer, entregamos, obtemos os resultados pretendidos... e depois logo se vê. O cansaço não é equacionável aqui! É preciso trabalhar, trabalha-se!”
Companheiro de equipa
José Luís Lopes é o primeiro assistente de realização do "Querida Júlia" e trabalha com a apresentadora “há 25 anos”. “Vim com ela da TVI e estive presente, há muitos anos, no seu primeiro trabalho. É muito bom trabalhar com a Júlia. É muito frontal, diz tudo o que tem a dizer”, revela José Luís Lopes, que acompanhou de perto o percurso profissional da atual “mulher forte” da SIC.
Impala
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