A taxa de cesarianas em Portugal é a terceira maior da Europa, apenas atrás da Itália e da Turquia. Longe dos 15% preconizados pela Organização Mundial de Saúde, o Governo tentou baixar estes números, criando uma comissão para o efeito. O número de cirurgias baixou, mas apenas nos hospitais públicos, que já estão abaixo dos 30%. Nos hospitais privados, 66% dos partos em 2013 foram cesarianas.
Por que razão a diferença entre os hospitais públicos e os hospitais privados é tão grande? Há quem defenda que são os pedidos das mulheres que fazem disparar as taxas. E há quem aponte o dedo aos médicos, que recebem o dobro por uma cirurgia que demora meia hora, ao invés do que ganham num parto normal que pode exigir 12 horas de trabalho, sem hora marcada.
Sabe-se, no entanto, que a cesariana traz riscos acrescidos aos de um parto normal, quer para a mãe, quer para o bebé.
E sabe-se hoje que a forma como se nasce pode também influenciar a saúde futura dos bebés.
Uma reportagem de Rita Ferreira, José Eduardo Zuzarte e Ricardo Sant’Ana.
"No Tempo das Cesarianas" é a próxima 'Grande Reportagem SIC', para ver no próximo dia 4 de junho, quinta-feira, no Jornal da Noite.
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