Apesar de estar no programa há pouco mais de um mês, Maria Helena já conhece os cantos à casa e contagia tudo e todos com a sua energia logo pela manhã.
São 07.30 da manhã. Maria Helena Martins chega aos estúdios do Parque Holanda, em Carnaxide, sem sinais de sono e com a energia no máximo. "Olá, bom dia", solta, com um sorriso nos lábios. Ao entrar nas instalações percorre os corredores labirínticos que vão dar ao seu camarim. Mas ainda há tempo para dois dedos de conversa com uma assistente de produção do programa da SIC A Vida nas Caras - O Dilema. "O fim de semana foi bom? Eu fui para a minha quinta e estive a apanhar alfaces", conta, divertida.
Ao chegar ao seu camarim, Maria Helena pousa o saco que traz consigo, no qual está inscrito o seu nome, e onde guarda as cartas e os brindes que oferece aos espectadores que ligam para o programa. Depois de despir o casaco que a protege das manhãs de primavera ainda frias, a taróloga segue para a sala ao lado, onde será maquilhada e penteada. "Olá. Então, bem-disposto?", pergunta ao maquilhador, que responde afirmativamente.
Cuidadosamente, o maquilhador vai aplicado um pouco de base líquida no rosto da apresentadora de A Vida nas Cartas - O Dilema e ambos vão ouvindo as primeiras notícias da manhã na televisão, que está sintonizada na SIC Notícias. Entretanto, a assistente de produção entra na sala e pergunta a Maria Helena se quer algo para comer. "Podes trazer um café bem cheio e meia torrada", diz.
Sem perder tempo, a taróloga aproveita para ir preparando o programa, que entra no ar às 08.30. "Hoje trago umas pulseirinhas para oferecer que vão ser um sucesso", diz, confiante. Subitamente, uma mudança de planos no alinhamento do programa deixa Maria Helena um pouco inquieta, mas nada que não se resolva. "Querem que eu fale dos beijos de cada signo? Tenho algum receio de que as minhas espectadoras achem que estou a ser um pouco atrevida. Mas vai correr bem", frisa.
Café americano e cabelo sem permanente
É tempo de escolher a sombra para aplicar nos olhos e o batom. "Hoje venho com cores suaves, se calhar posso arriscar um bocadinho mais", palpita Maria Helena. "Se calhar, optava por rosa, é bonito mas discreto", responde o maquilhador, que acaba por ganhar o aval da apresentadora de A Vida nas Cartas - O Dilema.
Na reta final da maquilhagem, a assistente de produção traz um copo alto com café ainda a fumegar e meia torrada com manteiga. A taróloga aproveita o momento para explicar um facto curioso. "Toda a gente goza com o meu café porque tem muita água e dizem que isto nem deve saber a café. Habituei-me a beber o café assim porque viajo muitas vezes para os Estados Unidos, para visitar a minha filha", justifica. A assistente de produção volta a entrar na sala e entrega as folhas onde estão escritos os beijos de cada signo e um marcador verde. "Verde? Não gosto nada. Quer dizer, é uma cor de que gosto muito na natureza, mas, se puderes, traz-me um de outra cor, por favor", pede.
Terminada a maquilhagem, Maria Helena entrega-se aos cuidados da cabeleireira, que chega alguns minutos atrasada por causa do trânsito que se faz sentir em Carnaxide àquela hora. "O que vamos fazer hoje?", questiona a profissional. "Basta ajeitar os caracóis aqui à frente e está ótimo", responde a taróloga, que aproveita para acrescentar: "Muita gente pensa que eu tenho permanente, mas este cabelo é natural."
Entretanto, um operador de câmara entra na sala para fazer um pequeno vídeo promocional do programa e pergunta se Maria Helena já está maquilhada, o que gera uma pequena picardia. "Então não se nota? Olha, acho que estão a falar mal do teu trabalho", diz a taróloga, dirigindo-se ao maquilhador em tom de brincadeira.
Momento de concentração com incenso e velas
Com a maquilhagem e os cabelos finalizados, a apresentadora de A Vida nas Cartas - O Dilema já está quase pronta para ir para o ar. Mas antes disso ainda há um ritual que tem de ser cumprido. Maria Helena fecha-se durante alguns minutos no camarim para conseguir concentrar-se. Para isso, acende uma vela, queima incenso e vai lançando o fumo por cima do corpo. O relógio marca 08.14, o que significa que faltam apenas 16 minutos para A Vida nas Cartas - O Dilema ir para o ar. A taróloga abandona o camarim e segue a passo rápido para os estúdios, onde é gravado o programa - o mesmo onde também é gravado o Boa Tarde, apresentado por Conceição Lino - e faz questão de cumprimentar os operadores de câmara e os técnicos que já lá se encontram. "Então, está tudo bem convosco?", diz, conquistando a atenção e o sorriso de todos.
Chega a altura de arrumar a mesa. Maria Helena tira cuidadosamente do seu saco as cartas de tarot e coloca-as ao centro. Em seguida pega em pequenos saquinhos de veludo vermelhos, onde guarda os brindes que oferece diariamente aos espectadores, e acomoda-os no lado direito da mesa. No mesmo lado, mas mais atrás, pousa também as revistas e um copo de água.
Enquanto a música do programa é testada, um técnico coloca o microfone e o auricular a Maria Helena Martins, que aproveita para se sentar. O tempo escasseia e já só faltam seis minutos para o programa arrancar, o que ainda é suficiente para os últimos retoques no cabelo e na maquilhagem e para um teste ao som. "Olá, estás a ouvir-me? Eu oiço-te perfeitamente", diz a apresentadora para o auricular. Quando já está tudo a postos, a taróloga protagoniza um momento de descontração e lança um convite. "Gostam de camarão? Estão todos convidados para jantar lá em casa", atira.
Faltam poucos segundos. Três, dois, um. Luzes, câmaras, ação: está no ar. "Olá, sejam muito bem-vindos a mais um A Vida nas Castas - O Dilema."
NTV
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