Entrevista ao Jornalista João Abreu: 'Quando trabalho, o meu clubismo fica na gaveta' - Site SIC GOLD ONLINE – SIC Sempre GOLD

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24 de abril de 2014

Entrevista ao Jornalista João Abreu: 'Quando trabalho, o meu clubismo fica na gaveta'




Faz parte da equipa fundadora da SIC Notícias e está na antena do canal de notícias com 'Tempo Extra' e 'Play-Off', formatos dedicados ao desporto-rei.

Os fãs mais fiéis do Tempo Extra ressentiram-se com a mudança do formato ao domingo para o atual, o 'Play-Off'?

Há diferenças, obviamente. Temos muito público afeto ao Tempo Extra que reagiu. Mas, por outro lado, a manutenção do Tempo Extra à terça-feira, embora num formato mais reduzido, fez que essas críticas não fossem tão ferozes. E o Rui Santos mantém-se no painel de comentadores, o que é uma situação que não gera grandes desconfortos junto do público.

Essas críticas foram de descontentamento?

Algumas, mas a grande maioria tem sido uma boa surpresa. O público gosta da frontalidade e da genialidade que os três comentadores [António Simões, António Oliveira e Manuel Fernandes] acrescentam ao programa. E, apesar de serem ex-jogadores que representam os três grandes, não há aquele fanatismo dos clubes porque, acima de tudo, são homens do futebol, que gostam de futebol e que têm uma leitura muito clara do futebol. Olham para o futebol de uma forma muito objetiva, têm uma leitura muito clara do jogo que, por vezes, é coincidente, mas que não está alinhavada com as estratégias ou com as intenções dos clubes.

Vê-se a si mesmo e ao Rui Santos como uma dupla?

Agora sim.

Antes não?

Ao princípio nem tanto. Como existe uma relação de amizade, e não apenas profissional, nos últimos anos do Tempo Extra houve muito mais cumplicidade e colaboração mútua na realização do programa. Eu já sei perfeitamente por onde é que ele vai tratar certos assuntos. Às vezes ele surpreende-me, porque é bastante irreverente e tem uma personalidade e um estilo bastante agitadores, no bom sentido. E eu acho que o Rui continua a ser uma mais-valia tanto para o Play-Off como para o Tempo Extra. Faz todo o sentido e as audiências mostram-no.

Qual tem sido o segredo, se é que existe, da longevidade não só da dupla João Abreu/ /Rui Santos mas também do Tempo Extra?

O segredo é a viabilidade do programa em si. Se o programa não tivesse audiências já tinha desaparecido da antena. A partir do momento em que a opinião do Rui continua a ser escutada e que muito público gosta de ouvir, a viabilidade do programa está em marcha. Costuma dizer-se que em equipa que ganha não se mexe. E eu acho que um dos segredos da longevidade do Tempo Extra e da minha relação com o Rui é o facto de as audiências assim o ditarem e de haver rins, por assim dizer, para fazer ajustes em relação às temáticas e à forma como se atacam os temas.


A SIC Notícias tem três programas dedicados ao desporto [Play-Off, O Dia Seguinte, Tempo Extra. A TVI24 também tem três (Mais Futebol, Prolongamento e Contragolpe) e a RTP Informação dois (Trio d"Ataque e Grande Área). É excessivo?


Sinceramente? Costumo dizer que quando nos começamos a aproximar do fim de semana vem uma overdose de desporto e de informação desportiva. Mas a verdade é que há público para isso, há audiência para isso. A RTP tem boas audiências com os programas que tem, a TVI também, a SIC Notícias também. Ou seja, não há masoquistas em televisão [risos]! Se os programas não tivessem popularidade, não estavam no ar. Agora, que há um excesso, que é dada uma importância cada vez maior à informação desportiva, sem dúvida. Mas volto a frisar: é o mercado e a procura que ditam o surgimento destes programas e a manutenção dos mesmos.


Mais do que haver muita informação desportiva, acha que há demasiada gente a fazer comentário desportivo que, se calhar, não o deveria fazer?


[risos] Há. Há demasiada gente mas, lá está, não podemos cortar a opinião das pessoas e se existirem sempre os mesmos comentadores é uma saturação. Nesse sentido, a pluralidade e a diversidade são boas. Eu acho que, no que diz respeito ao comentário, existe uma seleção natural. E essa seleção é revelada pelas audiências. Quando eu tenho os melhores comentadores, estou muito mais certo de que poderei alcançar bons resultados do que se tiver comentadores mais fracos. Agora, não podem ser todos geniais nem todos muito bons. Há os bons, os razoáveis e os maus, como em tudo.


Costuma ver o Contragolpe [que está no ar na TVI24 à mesma hora de Play-Off]?

Claro que sim.

O que acha?

É um formato completamente diferente do Play-Off. Tem muitos mais intervenientes do que o Play-Off, o que por vezes, na minha opinião, limita um pouco o aprofundamento de certos assuntos. No que diz respeito a ritmo de conversa, poderá ter aí uma vantagem porque permite que mais pessoas intervenham e coloquem questões pertinentes para o debate. De certeza que o [Joaquim] Sousa Martins não pode dar tanto tempo para certos assuntos como eu consigo dar neste momento porque tenho quatro opiniões para ouvir e ele tem oito. Mas é um bom concorrente, assim como o Trio d"Ataque, que tem um público muito fidelizado.

Porque é que as outras modalidades continuam a não ter um espaço fixo na televisão, a não ser noDesporto 2?

Lá está... a não ser o Desporto 2, que é na RTP2, ao domingo à tarde...

É a lei do mercado?

É, absolutamente. Se nós fizermos em prime time um programa sobre judo arriscamo-nos a que as audiências vão por água abaixo. Esta é, para todos os efeitos, uma estação privada, que vive da venda de publicidade, e a publicidade dá maior ou menor retorno consoante as audiências. Para os jornalistas, e eu falo por mim, é muito mais aliciante saber que tenho um público muito mais vasto a assistir do que ter um público residual. Em Portugal, no que diz respeito a outras modalidades, terão de ser sempre programas pontuais, que vão estar relacionados com acontecimentos episódicos. Neste momento, não vejo volta a dar.

"Não vejo qualquer vantagem em trabalhar num departamento de comunicação de um clube"

Costuma estar atento ao que se diz sobre os seus programas nas redes sociais?

Quando tropeço nisso, leio e tiro as minhas ilações. Mas, sinceramente, não tenho conhecimento de grandes histórias nas redes sociais...

Pergunto-lhe isto porque o futebol é um assunto que, muitas vezes, deixa as pessoas à parte daquilo que é a razão...

Sim, e muitas vezes há insultos, há pessoas que dizem: "Este jornalista é do clube Y ou Z." Há bocas que são mandadas... mas isso é normal, é legítimo. Não conseguimos agradar a toda a gente.


Acha que os jornalistas que fazem informação desportiva devem assumir o seu clube?


Essa é uma questão pertinente. Todos os jornalistas de desporto, pelo menos a grande maioria que eu conheço, tem um clube, é adepta desse clube, mas tenta não misturar as coisas. Trabalho é trabalho, lazer é lazer. Agora, fazer um processo de identificação pública é uma condicionante brutal para o trabalho dos próprios jornalistas. É absolutamente escusado. Os jornalistas são cidadãos, têm direito a gostar do Sporting, do Benfica, do Porto, do Belenenses... temos de acreditar que as pessoas são sérias, que gostam do trabalho que fazem e tentam fazê-lo com a maior isenção possível. Se eu estou a moderar um programa que tem tantas sensibilidades, qual é que seria a vantagem do público saber que eu gosto mais de um clube ou de outro? Eu sei que, quando estou a trabalhar, o meu clubismo, se é que ele existe, fica na gaveta. Não vejo qualquer vantagem em estar a expor qualquer tipo de clubismo. Acho que isso é falta de seriedade.


Vê como perspetiva futura de carreira fazer o percurso que alguns colegas seus fizeram, passando para a assessoria de um clube ou mesmo para a Federação Portuguesa de Futebol?

Sinceramente, não me vejo a fazer isso. Não estou a criticar quem o faz. São opções de carreira que, depois, vão ter consequências na opinião de outros colegas, que vão dizer que ele se "vendeu" a determinado clube. Para mim, neste momento, não vejo qualquer vantagem nem nenhum tipo de prazer específico em estar a trabalhar num departamento de comunicação de um determinado clube. Até porque é um trabalho muito restringido. Agora, há projetos diferentes. Por exemplo, há projetos nos clubes, como a Benfica TV, que contratou vários jornalistas que estavam em órgãos de comunicação social e que acredito que seja aliciante para esses jornalistas. Eu até tenho contacto com vários, que estão satisfeitos com a experiência que estão a ter.

Especulou-se que a Impresa poderá ser a empresa que levará para a frente a Sporting TV.

Especulou-se.

Via-se num projeto como esse?

Não posso fazer grandes comentários sobre isso, até porque estaria a especular e não vou entrar por aí. Eu vejo-me mais como jornalista e como moderador. Não digo "não" a um desafio que me possa ser aliciante. Agora, sinceramente, daquilo que eu conheço da realidade portuguesa, dificilmente poderão existir projetos aliciantes neste momento porque serão projetos com restrições orçamentais brutais, o que vai limitar imenso a qualidade do trabalho.

Quando olha para trás e faz uma retrospetiva destes seus 13 anos na SIC Notícias, o que é que vê?

Vejo uma evolução que me agrada, uma maturação. Lembro que, no princípio da SIC Notícias, o editor de desporto era o Carlos Daniel, que agora está na RTP. Lembro-me de ficar admirado com a forma como o Carlos Daniel conduzia uma emissão especial. Ele entrava no estúdio com meia dúzia de apontamentos na mão e não precisava de teleponto para nada. Lembro-me de pensar: "Poça, gostava de algum dia conseguir fazer isto!" E neste momento já o consigo fazer. Isso, para mim, é uma gratificação. É bom sentir-me mais maduro, mais confiante e que tem existido uma evolução constante e que têm existido desafios novos dentro da SIC Notícias. O que sinto é orgulho.


Em 2012, a SIC Notícias foi batida pela primeira vez pela TVI24, o que tem acontecido a espaços desde então. Como vê esta situação?

Isso tem acontecido muito devido ao fenómeno do futebol, acima de tudo. A partir do momento em que a TVI tem o exclusivo da Liga dos Campeões, que é um produto muito forte e difícil de combater, em que a TVI24 dá jogos de futebol da Taça da Liga... e a SIC Notícias não transmite jogos de futebol... Pelo menos até hoje não o fez e penso que não o irá fazer. São ferramentas de concorrência com produtos importantes, que as pessoas gostam de ver. Agora, faz parte de uma estratégia da TVI que, pontualmente, tem dado resultados e que nós vamos tentando combater com as ferramentas que temos no que diz respeito a esses produtos, a Liga dos Campeões e a Taça da Liga.



Faz parte da equipa fundadora da SIC Notícias e está na antena do canal de notícias com Tempo Extra ePlay-Off, formatos dedicados ao desporto-rei.


Os fãs mais fiéis do Tempo Extra ressentiram-se com a mudança do formato ao domingo para o atual, o Play-Off?


Há diferenças, obviamente. Temos muito público afeto ao Tempo Extra que reagiu. Mas, por outro lado, a manutenção do Tempo Extra à terça-feira, embora num formato mais reduzido, fez que essas críticas não fossem tão ferozes. E o Rui Santos mantém-se no painel de comentadores, o que é uma situação que não gera grandes desconfortos junto do público.


Essas críticas foram de descontentamento?


Algumas, mas a grande maioria tem sido uma boa surpresa. O público gosta da frontalidade e da genialidade que os três comentadores [António Simões, António Oliveira e Manuel Fernandes] acrescentam ao programa. E, apesar de serem ex-jogadores que representam os três grandes, não há aquele fanatismo dos clubes porque, acima de tudo, são homens do futebol, que gostam de futebol e que têm uma leitura muito clara do futebol. Olham para o futebol de uma forma muito objetiva, têm uma leitura muito clara do jogo que, por vezes, é coincidente, mas que não está alinhavada com as estratégias ou com as intenções dos clubes.


Vê-se a si mesmo e ao Rui Santos como uma dupla?


Agora sim.


Antes não?


Ao princípio nem tanto. Como existe uma relação de amizade, e não apenas profissional, nos últimos anos do Tempo Extra houve muito mais cumplicidade e colaboração mútua na realização do programa. Eu já sei perfeitamente por onde é que ele vai tratar certos assuntos. Às vezes ele surpreende-me, porque é bastante irreverente e tem uma personalidade e um estilo bastante agitadores, no bom sentido. E eu acho que o Rui continua a ser uma mais-valia tanto para o Play-Off como para o Tempo Extra. Faz todo o sentido e as audiências mostram-no.


Qual tem sido o segredo, se é que existe, da longevidade não só da dupla João Abreu/ /Rui Santos mas também do Tempo Extra?


O segredo é a viabilidade do programa em si. Se o programa não tivesse audiências já tinha desaparecido da antena. A partir do momento em que a opinião do Rui continua a ser escutada e que muito público gosta de ouvir, a viabilidade do programa está em marcha. Costuma dizer-se que em equipa que ganha não se mexe. E eu acho que um dos segredos da longevidade do Tempo Extra e da minha relação com o Rui é o facto de as audiências assim o ditarem e de haver rins, por assim dizer, para fazer ajustes em relação às temáticas e à forma como se atacam os temas.


A SIC Notícias tem três programas dedicados ao desporto [Play-Off, O Dia Seguinte, Tempo Extra. A TVI24 também tem três (Mais Futebol, Prolongamento e Contragolpe) e a RTP Informação dois (Trio d"Ataque e Grande Área). É excessivo?


Sinceramente? Costumo dizer que quando nos começamos a aproximar do fim de semana vem uma overdose de desporto e de informação desportiva. Mas a verdade é que há público para isso, há audiência para isso. A RTP tem boas audiências com os programas que tem, a TVI também, a SIC Notícias também. Ou seja, não há masoquistas em televisão [risos]! Se os programas não tivessem popularidade, não estavam no ar. Agora, que há um excesso, que é dada uma importância cada vez maior à informação desportiva, sem dúvida. Mas volto a frisar: é o mercado e a procura que ditam o surgimento destes programas e a manutenção dos mesmos.


Mais do que haver muita informação desportiva, acha que há demasiada gente a fazer comentário desportivo que, se calhar, não o deveria fazer?


[risos] Há. Há demasiada gente mas, lá está, não podemos cortar a opinião das pessoas e se existirem sempre os mesmos comentadores é uma saturação. Nesse sentido, a pluralidade e a diversidade são boas. Eu acho que, no que diz respeito ao comentário, existe uma seleção natural. E essa seleção é revelada pelas audiências. Quando eu tenho os melhores comentadores, estou muito mais certo de que poderei alcançar bons resultados do que se tiver comentadores mais fracos. Agora, não podem ser todos geniais nem todos muito bons. Há os bons, os razoáveis e os maus, como em tudo.


Costuma ver o Contragolpe [que está no ar na TVI24 à mesma hora de Play-Off]?


Claro que sim.


O que acha?


É um formato completamente diferente do Play-Off. Tem muitos mais intervenientes do que o Play-Off, o que por vezes, na minha opinião, limita um pouco o aprofundamento de certos assuntos. No que diz respeito a ritmo de conversa, poderá ter aí uma vantagem porque permite que mais pessoas intervenham e coloquem questões pertinentes para o debate. De certeza que o [Joaquim] Sousa Martins não pode dar tanto tempo para certos assuntos como eu consigo dar neste momento porque tenho quatro opiniões para ouvir e ele tem oito. Mas é um bom concorrente, assim como o Trio d"Ataque, que tem um público muito fidelizado.


Porque é que as outras modalidades continuam a não ter um espaço fixo na televisão, a não ser noDesporto 2?


Lá está... a não ser o Desporto 2, que é na RTP2, ao domingo à tarde...


É a lei do mercado?


É, absolutamente. Se nós fizermos em prime time um programa sobre judo arriscamo-nos a que as audiências vão por água abaixo. Esta é, para todos os efeitos, uma estação privada, que vive da venda de publicidade, e a publicidade dá maior ou menor retorno consoante as audiências. Para os jornalistas, e eu falo por mim, é muito mais aliciante saber que tenho um público muito mais vasto a assistir do que ter um público residual. Em Portugal, no que diz respeito a outras modalidades, terão de ser sempre programas pontuais, que vão estar relacionados com acontecimentos episódicos. Neste momento, não vejo volta a dar.


"Não vejo qualquer vantagem em trabalhar num departamento de comunicação de um clube"


Costuma estar atento ao que se diz sobre os seus programas nas redes sociais?


Quando tropeço nisso, leio e tiro as minhas ilações. Mas, sinceramente, não tenho conhecimento de grandes histórias nas redes sociais...


Pergunto-lhe isto porque o futebol é um assunto que, muitas vezes, deixa as pessoas à parte daquilo que é a razão...


Sim, e muitas vezes há insultos, há pessoas que dizem: "Este jornalista é do clube Y ou Z." Há bocas que são mandadas... mas isso é normal, é legítimo. Não conseguimos agradar a toda a gente.


Acha que os jornalistas que fazem informação desportiva devem assumir o seu clube?


Essa é uma questão pertinente. Todos os jornalistas de desporto, pelo menos a grande maioria que eu conheço, tem um clube, é adepta desse clube, mas tenta não misturar as coisas. Trabalho é trabalho, lazer é lazer. Agora, fazer um processo de identificação pública é uma condicionante brutal para o trabalho dos próprios jornalistas. É absolutamente escusado. Os jornalistas são cidadãos, têm direito a gostar do Sporting, do Benfica, do Porto, do Belenenses... temos de acreditar que as pessoas são sérias, que gostam do trabalho que fazem e tentam fazê-lo com a maior isenção possível. Se eu estou a moderar um programa que tem tantas sensibilidades, qual é que seria a vantagem do público saber que eu gosto mais de um clube ou de outro? Eu sei que, quando estou a trabalhar, o meu clubismo, se é que ele existe, fica na gaveta. Não vejo qualquer vantagem em estar a expor qualquer tipo de clubismo. Acho que isso é falta de seriedade.


Vê como perspetiva futura de carreira fazer o percurso que alguns colegas seus fizeram, passando para a assessoria de um clube ou mesmo para a Federação Portuguesa de Futebol?


Sinceramente, não me vejo a fazer isso. Não estou a criticar quem o faz. São opções de carreira que, depois, vão ter consequências na opinião de outros colegas, que vão dizer que ele se "vendeu" a determinado clube. Para mim, neste momento, não vejo qualquer vantagem nem nenhum tipo de prazer específico em estar a trabalhar num departamento de comunicação de um determinado clube. Até porque é um trabalho muito restringido. Agora, há projetos diferentes. Por exemplo, há projetos nos clubes, como a Benfica TV, que contratou vários jornalistas que estavam em órgãos de comunicação social e que acredito que seja aliciante para esses jornalistas. Eu até tenho contacto com vários, que estão satisfeitos com a experiência que estão a ter.


Especulou-se que a Impresa poderá ser a empresa que levará para a frente a Sporting TV.


Especulou-se.


Via-se num projeto como esse?


Não posso fazer grandes comentários sobre isso, até porque estaria a especular e não vou entrar por aí. Eu vejo-me mais como jornalista e como moderador. Não digo "não" a um desafio que me possa ser aliciante. Agora, sinceramente, daquilo que eu conheço da realidade portuguesa, dificilmente poderão existir projetos aliciantes neste momento porque serão projetos com restrições orçamentais brutais, o que vai limitar imenso a qualidade do trabalho.


Quando olha para trás e faz uma retrospetiva destes seus 13 anos na SIC Notícias, o que é que vê?


Vejo uma evolução que me agrada, uma maturação. Lembro que, no princípio da SIC Notícias, o editor de desporto era o Carlos Daniel, que agora está na RTP. Lembro-me de ficar admirado com a forma como o Carlos Daniel conduzia uma emissão especial. Ele entrava no estúdio com meia dúzia de apontamentos na mão e não precisava de teleponto para nada. Lembro-me de pensar: "Poça, gostava de algum dia conseguir fazer isto!" E neste momento já o consigo fazer. Isso, para mim, é uma gratificação. É bom sentir-me mais maduro, mais confiante e que tem existido uma evolução constante e que têm existido desafios novos dentro da SIC Notícias. O que sinto é orgulho.


Em 2012, a SIC Notícias foi batida pela primeira vez pela TVI24, o que tem acontecido a espaços desde então. Como vê esta situação?


Isso tem acontecido muito devido ao fenómeno do futebol, acima de tudo. A partir do momento em que a TVI tem o exclusivo da Liga dos Campeões, que é um produto muito forte e difícil de combater, em que a TVI24 dá jogos de futebol da Taça da Liga... e a SIC Notícias não transmite jogos de futebol... Pelo menos até hoje não o fez e penso que não o irá fazer. São ferramentas de concorrência com produtos importantes, que as pessoas gostam de ver. Agora, faz parte de uma estratégia da TVI que, pontualmente, tem dado resultados e que nós vamos tentando combater com as ferramentas que temos no que diz respeito a esses produtos, a Liga dos Campeões e a Taça da Liga.















































































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