A equipa do Blogue Universo SIC Gold, entrevistou numa entrevista exclusiva o Jorge Gomes, uma das vozes da SIC.
Na SIC desde 1993, Jorge Gomes é um dos primeiros voz off da televisão privada em Portugal.
Fique a conhecer melhor o rosto que está por detrás de uma das Vozes da SIC.
Blogue Universo SIC Gold: Como surgiu a
oportunidade de ir trabalhar como voz-off na SIC generalista?
Surgiu por convite da SIC, para fazer uma substituição temporária. A minha estreia aconteceu no Domingo, 11 Abril de 1993. À época era locutor na Rádio TSF. Acumulei a rádio e a televisão até final desse ano, altura em que me convidaram para continuar na sic. Aceitei com muito agrado, mas como tinha definido terminar a Licenciatura em Gestão de Empresas acabei por sair da Rádio.
Trabalhar na televisão,
foi sempre a sua paixão e sonho?
Mais sonho do que paixão, uma vez que qualquer locutor tem sobretudo paixão pela rádio. A paixão pela partilha dos discos que gostamos. A magia relacionada com a nossa voz que tem tantas imagens quantos os ouvintes que nos escutavam. Actualmente a rádio está muito diferente. Para os locutores a rádio era muito melhor há 20 anos atrás.
Chegar à televisão era um sonho no sentido de ser um caminho de reconhecimento. Todos os bons locutores de rádio dessa altura trabalhavam também na televisão, ou seja, passar a fazer parte desse lote, representava reconhecimento pelo meu trabalho e nesse sentido realizei o sonho de estar entre os melhores e de a minha voz chegar a mais gente. Nunca pensei que fosse tão cedo, uma vez que na altura tinha 24 anos. Mas a verdade é que me fui apaixonando pela televisão, sobretudo por que passei a fazer voz-off para quase todos os programas da sic, nomeadamente os produzidos pela Endemol, pela Teresa Guilherme produções e Freemantle media. A televisão passou então a ser mais importante para mim. Cheguei a ter um convite, de que me orgulho muito, para ingressar na Rádio Comercial, em 2001, mas acabei por não aceitar devido ao tempo que a televisão me exigia.
Teve alguma formação
para trabalhar como Voz-off para a televisão, neste caso na SIC?
Nenhuma formação. A ideia inovadora do Emídio Rangel era de alguma forma fazer-se rádio durante os genéricos finais dos programas e abandonar o velho conceito de Locutor de Continuidade da estação publica. Nesse sentido, nada melhor do que ir buscar os locutores à rádio. Em todo o caso, nunca tive qualquer formação nem creio que a houvesse na altura. A formação aconteceu na cabine de rádio, desde o tempo das rádios piratas, período de ouro que formou grandes locutores. Comecei com 17 anos. Em vez de ir para o café ia para a rádio tocar os discos que mais gostava.
Gosta da área de
representação?
Gosto muito. Comecei a fazer teatro em 2008 da mesma forma que comecei a fazer rádio em 1986. Foi por insistência de amigos e comecei pela base. Divertir-me era o objectivo. Fui para um grupo de teatro amador do bairro social da Outurela, em Carnaxide. Em 2011, o Intervalo grupo de Teatro, grupo profissional, convidou-me para fazer parte do elenco e lá estou há 4 temporadas. Já sou remunerado no teatro ainda que se não o fosse estaria lá na mesma. Existem imensos grupos de teatro amador que precisam de pessoas. Quem quiser fazer teatro faz.
Divertir-me é o objectivo mas admito que, olhando para o lado profissional, o teatro me permite melhorar enquanto locutor.
Gosto de Teatro por que muitas vezes somos mais verdadeiros em palco do que no dia a dia.
Como se chama a última
peça de Teatro ou telenovela que já fez?
A ultima peça foi “Não andes nua pela casa” do dramaturgo Francês Georges Feydeau, particularmente famoso por ser considerado o autor de género de teatro Vaudeville. A minha nova peça deverá estrear em Abril e será uma adaptação de “Romeu e Julieta” à Guerra na Síria. As famílias Montéquio e Capuleto darão lugar a famílias de sunitas e de xiitas. Estou ansioso para que comecem os ensaios.
Neste momento, qual o
seu projeto a nível profissional?
O de sempre. Evoluir enquanto locutor, dar o máximo que tenho para dar e faze-lo com paixão.
Qual foi o seu melhor momento na área de voz-off na SIC?
Assim de repente, o dia em que fiz a primeira locução na SIC (1993), a minha internacionalização, que aconteceu na final Europeia do programa “Chuva de Estrelas” em Amsterdão (1996) e o convite para voz de Estação da SIC-Noticias (2006). Sob o ponto de vista pessoal, ter trabalhado com o meu ídolo da rádio, António Sérgio, foi o momento mais alto. Partilhámos a autopromoção da SIC e da SIC-Noticias durante dois anos. Ainda que fisicamente não seja possível, o António continua entre nós.
O Blogue Universo SIC Gold, agradece a disponibilidade e a ajuda pelo interesse em dar esta entrevista Exclusiva, pelo Jorge Gomes!
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