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14 de julho de 2013

Fernando Rocha: O humorista caseiro que quase incendiou a escola

O humorista que apanhou um susto numa largada de touros é descrito como um "chefe de família exemplar", mas em criança fazia a vida negra às professoras. Foi para-quedista, trabalhou como apanha copos, eletricista e teve uma valente pega com um polícia.
Quando as luzes se apagam e desce as escadas do palco, o homem que faz do riso a sua profissão rejeita qualquer convite e vai a correr para casa, esteja a cinco ou a 300 quilómetros de distância. "Ele é capaz de fazer um espetáculo no Algarve e ter outro no Alentejo no dia seguinte e mesmo assim faz questão de percorrer milhares de quilómetros só para dormir em casa e estar com a família. É um bom marido e um grande pai", começa por dizer o apresentador Nuno Graciano, um dos amigos mais próximos de Fernando Rocha.
Conheceram-se no Levanta-te e Ri (SIC), há dez anos, e a empatia foi imediata. Marco Horácio diz que o seu "mano do Norte", como trata carinhosamente o humorista, tem pouco do boneco que criou quando está em casa ao lado da mulher, Sónia, e dos filhos, Diogo, de 13 anos, e Catarina, de 8. "As pessoas associam o Fernando Rocha ao homem do Norte que está sempre a dizer palavrões, mas ele é um pai exemplar e dá uma educação muito tradicional aos filhos. Eles não dizem asneiras nenhumas, são muito bem-educados porque o Fernando sabe perfeitamente distinguir o lado profissional do pessoal e lá em casa não há palavrões", conta.
Meteu uma batata num tubo de escape no carro de uma professora
A 2 de julho de 1975, o mundo via nascer Fernando Alberto Pinto Pereira Alves da Rocha, no Hospital São João, no Porto. Desde sempre foi uma criança divertida e traquinas e o seu dom para contar piadas nasceu logo nos seus tempos de miúdo, onde nos jantares de família divertia todos os seus familiares a contar anedotas.
E se em casa ele era uma lufada de ar fresco que combinava a inocência com a sinceridade de criança, na escola era a dor de cabeça de qualquer professora. "Houve um dia em que a professora me pôs de castigo e eu para me vingar peguei numa batata crua e espetei-a no escape do carro e fiquei a ver. Ela teve de chamar o mecânico porque o carro não pegava e ele não conseguiu resolver a situação. Deixei-a stressar um pouco e depois acabei por contar ao mecânico, sem dizer que tinha sido eu", conta o próprio à nossa publicação.
Mas as partidas não se ficaram por aqui. Uma vez, Fernando Rocha quase incendiou a escola. "Puseram-me de castigo a colar umas circulares em todas as portas. Como aos 12 anos já fumava, tinha isqueiro e pensei que quanto mais depressa acabasse a cola mas rápido acabava o castigo. Pus a cola toda na mesma circular, mas começou a escorrer e então decidi queimar o excedente, pensando que só queimaria a cola, mas não. Começou tudo a arder", conta, divertido.
A sua indisciplina fez que chumbasse três vezes até que, no 7.º ano, decidiu tirar um curso profissional de desenhador de construção civil. Trabalhou como desenhador de cozinhas e aos 18 anos decidiu ir para a tropa, alistando-se nos para-quedistas. Foi apanha copos num bar, vendedor de produtos químicos, de material elétrico e até eletricista. Mas, apesar das várias tentativas, Fernando Rocha ainda não era um homem realizado a nível profissional.
Foi então que começou a participar em programas de televisão. José Figueiras recorda como se fosse hoje o momento em que Fernando Rocha subiu ao palco do programa Cantigas da Rua, exibido na SIC no final da década de 90. "Ele foi cantar o tema Estou na Lua, dos Lunáticos. Foi muito engraçado porque ele estava com estilo completamente diferente do que tem hoje", recorda. E ainda que tenha sido uma boa experiência, Fernando Rocha não conseguiu ganhar o concurso.
A sorte começou a virar no ano 2000, quando o humorista enviou uma cassete para o Ri-te Ri-te, da TVI. Assim que ouviu as gravações, Nuno Graciano soube que estava perante um diamante por lapidar. "Percebi logo que ele tinha um jeito inato para contar anedotas", conta Nuno Graciano. E a popularidade explode com o programa Levanta-te e Ri, que se estreou na SIC em 2003, com vários humoristas, entre os quais Francisco Menezes. "Tive de o conquistar porque ele é um pouco desconfiado. Mas depois lá percebeu que não queria nada de especial dele sem ser a sua amizade e lá teve pena de mim", conta, entre risos.
Já Marco Horácio, que apresentava este formato de standupcomedy, revela que a empatia foi imediata. "Ele é uma das pessoas de quem guardo mais estima, o seu talento só consegue ser superado pela pessoa que ele é", destaca o apresentador.
Herman José também se cruzou com Fernando Rocha nessa altura e frisa: "O Fernando é um exímio contador de anedotas, um tipão genuíno e um ser humano de exceção. Mistura deliciosamente explosiva."
Entregou um carro à polícia porque estava atrasado para um espetáculo
O seu sucesso no programa Levanta-te e Ri foi tão grande que a SIC chegou mesmo a propor um contrato de exclusividade com o humorista. Neste programa, Fernando Rocha conheceu Miguel 7 Estacas, que também não lhe poupa elogios. "É simpático, amigo do seu amigo e uma pessoa de confiança. É um profissional sem vedetismos, simples e humilde", diz.
E foi na digressão pelo país de Levanta-te e Ri que aconteceu uma história caricata, relatada por Francisco Menezes. "Fomos fazer um espetáculo em Mirandela e houve um polícia que nos mandou parar e pediu os documentos da viatura. O Rocha estava tão atrasado que disse ao polícia para lhe passar logo a multa, mas o agente disse: "Passo-lhe a multa não, o senhor ia em excesso de velocidade e se eu quiser apreendo-lhe a viatura." Ele estava tão nervoso que saiu do carro, deu-lhe a chave e disse: "Olhe fique com o carro, é seu." Mas depois o polícia chamou-o e ficou tudo bem", recorda Francisco Menezes.
Entretanto, apresentou os programas Ou Bai ou Rocha e A Ganhar É Que a Gente Se Entende e fez sketchesde humor para os programas SIC 10 HorasHerman SICÀs 2 por 3Maré AltaÊxtase5 EstrelasMalucos do RisoFátima Contacto.
O seu desafio mais recente na televisão é o programa Portugal em Festa, exibido aos domingos à tarde na SIC, e que lhe valeu um grande susto numa largada de touros, em Vila Franca de Xira, que o atirou para uma cama de hospital. Apesar de reconhecer que Fernando Rocha teve alguma inconsciência no seu ato, Rita Ferro Rodrigues gaba o profissionalismo do colega. "A meu ver ele entrega-se até demasiado aos projetos. Eu sei que o que ele quis foi dar o melhor material possível e haver imagens dele próprio na largada e nem viu o perigo. Acho que isso é de uma generosidade tremenda, mas ao mesmo tempo ele ainda é um bocadinho criança", conta a apresentadora.








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