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7 de agosto de 2013

Entrevista ao mágico Mário Daniel: "Pedem-me para fazer desaparecer Passos Coelho"!



O mágico Mário Daniel de Peso da Régua está de volta à SIC com novas ilusões. 'Minutos Mágicos', que esteve quatro anos na gaveta da RTP, dá boas audiências e ajuda a vender bilhetes para o espetáculo "Fora do Baralho". Na rua pedem-lhe truques para multiplicar dinheiro e eliminar políticos.

'Minutos Mágicos' ficou em quinto lugar na estreia, com futebol e Big Brother VIP na concorrência, e na semana passada subiu à quarta posição. Qual é o truque?

Uma equipa que trabalha muito e tenta fazer um programa com qualidade. Somos oito profissionais no terreno - eu, três câmaras, maquilhadora, assistente de produção e dois produtores. Em cada cidade gravamos entre três e quatro dias por semana, de manhã à noite, e para editar todo esse material são necessárias três semanas. Quem tem o olho treinado percebe que há um grande cuidado de edição e não é nada fácil gravar na rua.

Mas as pessoas gostam de ver magia na TV ou há ainda o estigma de que a magia não resulta no pequeno ecrã?

Tem tudo que ver com a maneira como é feito. Em TV o formato é muito importante. Minutos Mágicos é muito genuíno na forma como leva a magia às pessoas. A produção é minha [Mário Daniel Produções] e da Ideias com Pernas, produtora do meu irmão David Mendes, que é também o realizador e um dos mentores do programa.

De certa forma já contava com as boas audiências de Minutos Mágicos?

Desde a primeira temporada que as audiências são boas e já contava um bocado com isso. Estes resultados acabam por compensar alguma frustração.

Essa frustração tem que ver com o facto de as televisões não apostarem em mais programas de magia?

Muitos projetos como o meu devem estar na gaveta. Minutos Mágicos esteve quatro anos na gaveta da RTP, apesar de o programa-piloto ter sido considerado espetacular. Quando há oito anos o Hugo Andrade [que na época integrava a direção de programas] o viu, disse-me que por ele o programa ia para a grelha logo no sábado seguinte. Só que entretanto o Nuno Santos [na altura, diretor de programas da estação pública] foi para a SIC...

E o que se passou com as negociações?

Se calhar há pressões das grandes produtoras para ocuparem o horário nobre e eu não tenho cunhas. Depois de passar um ano a bater à porta da RTP e com o José Fragoso, que sucedeu a Nuno Santos na direção de programas, a não me querer ouvir, apresentei o projeto na SIC, ao Daniel Cruzeiro, que era adjunto do Nuno Santos. Ele viu, gostou e disse-me que se o Nuno já tinha aprovado o projeto na RTP, então, o mesmo seria rapidamente aprovado. De facto, 24 horas depois ligou-me. Hoje em dia trato tudo com o Luís Proença, diretor de Antena e Gestão de Programação, que respeita muito o meu trabalho.

Sendo um programa que faz boas audiências, como explica que passe tanto tempo fora de antena?

Depende de mim, porque sou o mágico, o apresentador e o criativo. Tenho a ajuda do Ricardo Pereira para criar as ilusões, mas isso exige tempo. Minutos Mágicos é entretenimento puro e diferente todas as semanas, quer em relação às pessoas, aos locais e aos truques. Em duas temporadas já apresentamos 200 truques.

A SIC já lhe encomendou uma nova temporada?

Já houve uma troca de palavras em relação à continuidade dos Minutos Mágicos. Os episódios que estão a ser emitidos são da segunda temporada, já que tinha sido previamente combinado com a SIC que metade seriam exibidos no verão de 2012 e os restantes agora este ano.

Para a SIC trata-se de um programa de baixo custo?

Direi antes que para a SIC tem um custo relativo. A estação não tem de pagar direitos internacionais nem o elevado aluguer de um estúdio. Há ainda um grande esforço da minha produtora e da produtora do meu irmão em conseguir alguns patrocínios.

Como tem sido a interação com as pessoas na rua?

Há pessoas que fazem fila para participar nas gravações e outras que fogem porque não conhecem o programa. Para mim é mais fácil a parte em que sou pivô do que quando faço magia. Fico muito stressado quando estou a fazer um truque, porque não quero desiludir as pessoas. No meu espetáculo tenho o meu repertório e o risco de falhar é mínimo.

Minutos Mágicos ajudam a vender mais bilhetes para Fora do Baralho, o espetáculo com que anda em digressão pelo país?

Seguramente. As pessoas absorvem tudo o que vem da TV. Temos tido salas esgotadas e se não fosse a televisão teria para aí umas 30 ou 40 pessoas. Esta semana já estivemos na Nazaré e no próximo dia 10 vamos estar no Casino Troia, em Setúbal. Acabe-se com a ideia de que a magia é para crianças. A magia é para todos e a prova está em Las Vegas, com salas sempre esgotadas.

No dia a dia, as pessoas pedem-lhe para fazer truques?

Não saio à rua sem que me peçam isso. Às vezes faço, outras não.

Truques com dinheiro?

É a piada do dia. Pedem-me para transformar uma nota de cinco euros numa de quinhentos, para fazer aparecer o Euromilhões. Mas também me pedem para fazer desaparecimentos...

De políticos?

Quase sempre. Dos políticos que estão no governo, em especial de quem está à frente. Pedem-me para fazer desaparecer o Pedro Passos Coelho.

Em Portugal consegue-se viver da magia?

Sim, mas não há muita gente a fazê-lo. No meu caso, antes de fazer TV e enquanto frequentava a universidade, já fazia magia e não era apenas para ganhar uns trocos, mas por paixão. É mais difícil viver do teatro do que da magia, porque podemos fazê-lo a solo, num casamento, num batizado ou num evento. Os Cristianos Ronaldos deste mundo contratam artistas.

Quais são os cachês dos mágicos?

Prefiro não revelar valores porque tudo depende do tipo de evento. No meu caso, além do espetáculoFora do Baralho, tenho outro para empresas e ainda mais um, que é intimista.

Nunca se arrependeu de ter trocado uma carreira de professor de Educação Física pela magia?

Não. Continuo a praticar desporto e até jogo ténis regularmente. Amo o que faço e não trocaria de sapato com ninguém.

Como conseguiu ganhar o seu espaço numa arte em que Luís de Matos foi sempre a principal referência em Portugal?

Consegui furar o mercado graças ao meu carisma. A forma como faço magia e a energia que tenho são diferentes. Comecei a estudar magia com 12 anos e aos 14 já fazia pequenos espetáculos.





































NTV

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